IBIÚNA – DE ALGUMA FORMA, O ACÚMULO DE LIXO TEM UMA FUNÇÃO PEDAGÓGICA

Nada pode ferir mais os olhos dos munícipes do que as montanhas de lixo acumuladas pode mais contrastar com o título de estância turística. Como nos recusamos aceitar esse fato como uma coisa “normal”, porque não é, não percebemos que a sujeira onipresente tem um papel pedagógico: deseducar os cidadãos com os cuidados e respeito que devem ter em relação à natureza.

Não se pode, também, atribuir apenas às autoridades pela falta de uma coleta insuficientemente crônica. Há munícipes que colaboram com a sujidade jogando resíduos em qualquer lugar. Neste aspecto, deveriam sofrer pesadas multas aqueles que assim procede, além de tocar fogo [veja a foto].

Procedem mal tantos uns quanto os outros.

Depois de vinte anos como estância turística Ibiúna continua sem nenhuma estrutura para atrair turistas e divisas para o comércio local. Todos perdem.

Um engenheiro ambiental, que possui propriedade em Ibiúna, disse a vitrine online que “São Roque tem a Estrada do Vinho que atrai milhares de turistas todos os fins de semana, Ibiúna tem a Estrada do Lixo”, que causa uma péssima impressão.

É vergonhoso conviver com esse estado de coisas. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.