CARLOS ROSSINI ESCREVE – OS IBIUNENSES PODERÃO ESCOLHER UM FUTURO DIFERENTE

calinhoA ideia de lançar um programa na TV Ibiúna visando à promoção da consciência política do povo ibiunense para que possa escolher o futuro que deseja para si brotou da simples percepção direta dos fatos.

Retrocedendo no tempo, hoje é o futuro da escolha que fizemos em 2012 e aí estão os governantes e os vereadores guindados ao poder e a situação real – boa ou má, de acordo como diversidade perceptiva da coletividade, hoje ao redor de 77 mil habitantes.

Embora saibamos da importância da neutralidade crítica ao escrevermos sobre assuntos dessa natureza, é inevitável lembramos as opiniões similares somadas informalmente de tantas pessoas que ouvimos a cada dia, em qualquer lugar, nas filas dos bancos, nas lojas, nos supermercados, etc. Assim, é notório que a situação administrativa de Ibiúna deixa a desejar em praticamente todos os setores de sua abrangência funcional.

Só para citar um deles, que sempre gera desconforto e insegurança relacional, diz respeito à incompetência ou desinteresse por conveniência estratégica, é a falta de transparência do Executivo, até mesmo em relação a assuntos aparentemente banais. Aliás, nesse mesmo quesito, tiramos nota zero na avaliação de nosso desempenho relacionado à Lei de Acesso à Informação – LAI, na última avaliação monitorada pela Procuradoria Geral da União – PGU. Mesmo que essa nota tenha sido originada pelo fato de o município não ter ainda aderido aos termos dessa lei, isso é uma razão sintomática. Mas, esse não é nosso tema principal de agora.

Então, se escolhemos um futuro para nós em 2012, ao eleger quem escolhemos, no dia 2 de outubro deste ano, devemos saber que vamos predeterminar o novo futuro, digamos, no mínimo, para os quatro anos que vão de 2017 a 2020, e seria melhor se pudéssemos imaginar um tempo ainda mais adiante, a fim de evitarmos a fragmentação de condutas que acabam deixando para trás obras paralisadas, como o CDHU no Gemima ou a famigerada ciclovia ou a antiga delegacia de polícia, na avenida São Sebastião, hoje em ruínas.

Esse poder é real e está nas mãos em cada um dos 58 mil eleitores que compõem o colégio eleitoral ibiunense. Basta que sejam felizes na escolha ou errem menos.

É exatamente para contribuir para que essa consciência de poder de mudar o futuro se agigante de modo vigoroso que foi idealizada a série de programas “Diálogos – que futuro queremos para Ibiúna”, que começará a ser apresentado a partir da próxima quarta-feira (20), às 19 horas, pela TV Ibiúna [www.tvibiuna.com.br]. Diversos ibiunenses serão convidados a participar no estúdio e todos, em principio, poderão igualmente contribuir on-line através do chat da emissora.

Nada consta, pelo levantamento que fizemos, que algo semelhante a esse programa tenha ocorrido antes [mesmo porque não havia emissora de TV como há agora e com propósitos de mente aberta], com exceção dos tradicionais debates públicos entre os candidatos, que também serão promovidos pela TV Ibiúna em um amplo auditório da cidade.

Essa iniciativa, portanto, merece sua participação, seu interesse e seu apoio porque, no fim, o objetivo é unitário: tornar Ibiúna uma cidade melhor do que tem sido até agora para todos. E isso depende da decisão e da ação de cada um de nós irmanados com o mesmo ideal.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.