97ª FESTA DE SÃO SEBASTIÃO – A PROCISSÃO DOS LAVRADORES E OS BENDITOS FRUTOS DA TERRA IBIUNENSE

Procissão 1

Acompanhada por uma multidão de fiéis, a missa matinal no coreto da avenida São Sebastião, a procissão dos lavradores até a praça da Matriz, onde se realizou o feirão de produtos que trouxeram da roça em seus tratores, marcaram, neste domingo (22), a programação da 97ª Festa de São Sebastião, o maior evento religioso realizado em Ibiúna e região.

A procissão dos lavradores é uma tradição que se iniciou há trinta anos, idealizada pelo padre Elizeu Antonio de Camargo e por Aníbal Albertin, lavrador ibiunense, “num gesto de agradecimento a Deus e da intercessão de São Sebastião, a fim de que não lhe faltem a terra sadia e a esperança de melhores colheitas”.

procissão 2

Nesse acontecimento que reuniu este ano cerca de quinhentos tratores, os lavradores trazem para a cidade verduras, legumes, flores e folhagens produzidas no município “para partilharem os frutos do seu trabalho”, depois que recebem a benção dos padres, doando-os para a igreja e vendidos no feirão. Neste ano, cada lavrador que doou produtos ganhou, como lembrança, um relógio de parede com a imagem de São Sebastião impressa no mostrador.

GRANDE PRODUTOR

Os lavradores de Ibiúna, em seu conjunto, são um grande produtor de uma diversidade de verduras, legumes, flores e folhagens, sendo responsável por 47% da comercialização de alimentos no Ceagesp de São Paulo. São homens, mulheres, jovens, adultos, famílias inteiras que se dedicam à magnífica e fundamental atividade de produzir alimentos para serem consumidos por milhões de pessoas.

A agricultura é a mais importante atividade econômica no município de Ibiúna, em suas terras com extensão de 1.063 km2, que o coloca na 34ª posição de maior município do Estado de São Paulo, gerando riqueza que movimenta o comércio local e emprega milhares de pessoas no entorno de cerca de noventa bairros rurais.

Procissão 3

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Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.