IBIÚNA – OBRAS DO POSTO DE SAÚDE CENTRAL E DO BULEVAR NA RUA ANGELINO FALCI SÃO ALVOS DE CRÍTICAS

nova s.sebastião

As obras da reforma do Posto de Saúde Dr. Arcy Bandeira (Posto da avenida São Sebastião), na cidade de Ibiúna, estariam paradas há um mês, segundo informaram leitores de vitrine online. Até mesmo a placa de indicação da obra, financiada pelo Ministério da Saúde, está caída num monte de terra. Hoje (9), não havia ninguém trabalhando no local.

De acordo com os dados na placa, o custo da obra é R$ 409.143,30 e o prazo para sua execução dá como início 30 de março de 2016 e seu termino, 28 de julho de 2016. O nome da firma contratada: Baltimore Serviços e Reparos Residenciais e Empresariais Ltda.

Fato semelhante estaria ocorrendo com as obras de construção de um bulevar na rua Angelino Falci, onde se localiza um comércio popular em ambos os lados da rua. Segundo alguns dos empresários estabelecidos naquela via, a obra está parada. Hoje não havia nenhuma pessoa da firma contratada para executar os trabalhos e os contêineres onde guardam ferramentas e materiais estavam fechados. A rua está coberta de lama, poças de água, telas de proteção, buracos. Foram construídas algumas canaletas e caixas de águas fluviais.

A queixa dos comerciantes é generalizada. Alguns dizem que tiveram perdas de 30 até 60 por cento em suas vendas pelas condições precárias ao trânsito de pessoas. Outros, que já estão com dificuldades de pagar aluguel, fornecedores e até estão começando a demitir funcionários.

angelino

A rua Angelino Falci foi bloqueada ao tráfego de veículos no dia 5 de abril de 2016 com o objetivo, por parte da prefeitura, de iniciar a construção de um bulervar (calçadão) no trecho que se inicia logo após a rodoviária até a avenida Guarani. No dia 7, um grupo de comerciantes se reuniu com representantes do Executivo no gabinete do prefeito para solicitar que a rua fosse desbloqueada, pois já estariam notando queda nos negócios. No dia 10, vitrine online publicava notícia em que os empresários da rua anunciavam que pretendiam entrar com um mandado de segurança para desbloquear a rua. Não chegaram a tomar essa atitude. No dia 14 de abril,  apareceram tratores e o asfalto começou a ser removido.

ABAIXO-ASSINADO

Na última quarta-feira (8), um funcionário da Secretaria de Obras passou de loja em loja pedindo que os proprietários assinassem um abaixo-assinado em que tomavam conhecimento de que o projeto seria mudado, a fim de que seja aumentada a espessura do piso da rua e, assim, possibilite que caminhões de entrega possam transitar por ali.

Alguns se recusaram a assinar o papel e a maioria, mesmo tendo assinado, não entendeu a razão desse fato, “já que compete à prefeitura e não a nós a responsabilidade pela obra”. Os mais desconfiados acharam que esse papel pode ser utilizado para “justificar o atraso da obra”. Vitrine online ligou diversas vezes para secretaria, para esclarecer o assunto, mas não obteve nenhuma informação ou retorno.

No mês de abril, ao justificar a pretensão de entrar com um mandado de segurança, alguns comerciantes disseram: “O prefeito vai começar a obra, que ficará inacabada como outras, e nós é que seremos prejudicados.”(Carlos Rossini)

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.