LAVA JATO – SÉRGIO MORO CONDENA PALOCCI A 12 ANOS DE PRISÃO E OUTROS DOZE POR CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO

Moro

O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, condenou hoje (26), em primeira instância,  Antonio Palocci (PT) a 12 anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime fechado pela prática dos crimes corrupção e lavagem de dinheiro. Palocci foi secretário da Fazenda e da Casa Civil, respectivamente dos governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Dilma Rousseff (PT). Outras doze pessoas também foram condenadas pelos mesmos motivos.

Esse fato é, na realidade, um marco de esperança nos procedimentos jurídicos do Brasil e demonstra o que um homem digno na função que exerce pode mudar o rumo da história. Entendemos que é exatamente isso que aconteceu abrindo uma nova perspectiva no plano da Justiça, com muito descrédito entre os brasileiros.

Nas sentenças Moro explica especificamente as peculiaridades dos crimes cometidos e flagrados na Operação Lava Jato.

Palocci

Palocci é réu em outro processo da Lava Jato, relativo a oito contratos entre a Odebrecht e a Petrobrás, que provocou o desvio de R$ 75 milhões. Parte desse montante teria sido aplicada para compra de terreno para construção da sede do Instituto Lula. Outra parte teria sido empregada para comprar um apartamento vizinho à cobertura onde mora Lula, em São Bernardo do Campo.

A sentença inclui a decisão que torna Palocci inelegível e não poderá exercer cargos públicos por vinte e quatro anos. Moro determinou também o confisco de suas contas e de sua empresa Projeto Consulta.

OS OUTROS CONDENADOS

Marcelo Odebrecht, João Santana, Mônica Moura, João Vaccari Neto, Eduardo Costa Vaz Musa, José Carlos de Medeiro Ferraz, Renato de Souza Duque, Hilberto Mascarenhas, Fernando Migliaccio da Silva, Luiz Eduardo da Rocha Soares, Olívio Rodrigues, Marcelo Rodrigues. Os crimes cometidos: corrupção ativa e lavagem de dinheiro. (C.R.)

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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