MUDE O BRASIL – DAQUI A SETE MESES HAVERÁ ELEIÇÕES GERAIS NO PAÍS

Os brasileiros estão pagando caro com seus corpos e suas mentes pelas escolhas eleitorais que fizeram no passado: corrupção gigantesca, desemprego de milhões, falta de segurança e aumento da violência pública, de serviço de saúde, de medicamentos, de educação, de problemas políticos e econômicos vergonhosos, mas não para seus protagonistas caraduras dentro do Executivo e do Congresso Nacional, empresários sem escrúpulos [vide as fartas notícias e decisões da Justiça na Operação Lava-Jato].

Se foram logrados pelo PT e sua caterva liderada por Luiz Inácio Lula da Silva, prosseguida por Dilma Rousseff e uma procissão de petistas alguns dos quais estão atrás das grades, como reflexo de um dos períodos mais negros da história política brasileira. O que significou a esperança de um partido prometido para a classe trabalhadora virou um fiasco e uma sórdida traição ao povo brasileiro. Isso, no entanto, não credencia o PMDB e o PSDB como agremiações isentas de pecados. Ao contrário são de dar nojo, seja pelo fisiologismo ou atitudes oportunistas. Aliás, os partidos políticos brasileiros – alguns com nomes sem nenhuma personalidade – nem conseguem sustentar uma identidade própria respeitável.

No dia 7 de outubro haverá eleições gerais no Brasil para presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. No dia 28, haverá eleições nos casos de segundo turno.

Supostamente, essa será a primeira e grande oportunidade de o povo brasileiro mostrar sua repulsa contra os maus políticos, não permitindo que se reelejam, e sua vontade de mudança, desde que não repitam o velho hábito de trocar seu voto pelo dinheiro sujo oferecido pelas raposas que apostam na ignorância ou ingenuidade popular para garantir suas eleições.

É triste perceber que comportamento do eleitorado brasileiro, espalhado por 5.570 municípios, onde o bom ensino crítico e libertário ainda não chegou, é manipulado pelas “elites” locais e regionais providas de recursos destinados às campanhas com dinheiro do próprio povo brasileiro.

Há coisas que são fáceis de falar, mas difíceis de mudar. Uma das perguntas fundamentais nos remete para os quadros dos candidatos e de sua qualificação técnica, ética e moral para cumprir funções públicas de relevo, peculiaridades que não fazem parte da tradição, como se vê no poder Executivo Federal em que ministros são trocados de acordo com as conveniências do momento no jogo de forças dentro da Câmara e do Senado Federal. Vimos situações que só podem ser qualificadas de ridículas e mesmo abusadas em matéria de desrespeito à inteligência da nação.

O Brasil está em frangalhos e os nomes que se oferecem para os diversos cargos, de pré-candidatos à Presidência da República, aos cargos de governadores e parlamentares federais e estaduais aparentemente estão longe de justificar reais possibilidades de mudanças reais sobretudo considerando padrões de condutas responsáveis no trato das coisas públicas. Traduzindo: se não houver bons candidatos estará eliminada a possibilidade de os eleitores fazerem boas escolhas.

Os nomes que estão sendo cogitados para o Executivo Federal chegam a entristecer aqueles que se veem diante da escassez de boas alternativas de escolha. O grande perigo é que as próximas eleições sejam apenas ilusões num cenário político desanimador por falta de qualificação humana dos pré-candidatos. (Carlos Rossini)

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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