IBIÚNA – APESAR DA PROMESSA DE URBANIZAÇÃO, ÁREA DA ANTIGA COMUNIDADE CONTINUA ABANDONADA

A área onde havia a comunidade Nova Ibiúna, próxima do Ginásio de Esportes, parece ter sofrido um “bombardeio”, como avaliou uma leitora. Há escombros por toda parte. Os moradores dali foram morar no CDHU Jemima, onde foram construídas 188 moradias.

No dia 23 de março, um sábado, houve uma solenidade de entrega das chaves. O CDHU montou uma cobertura metálica e mais de trezentas pessoas, a maioria novos moradores, secretários e servidores municipais, além de políticos, ali se reuniram para a celebração daquilo que o prefeito João Mello qualificou de “grande dia de festa que significa dar melhores condições de moradia a 188 famílias”.

O prefeito ficou tão entusiasmado com o acontecimento que fez um convite público para um “churrascão” comemorativo que, salvo falha de memória, acabou não ocorrendo.

URBNIZAÇÃO

Também foi anunciada, com ufanismo, que a área da comunidade seria urbanizada pela prefeitura e seria entregue à população em forma de uma praça com jardim. Passados sete meses do ato festivo nenhuma pedra foi retirada do local, que continua abandonado.

Uma mulher moradora nas proximidades postou uma mensagem no Facebook na última quarta-feira (23), dirigindo-se diretamente ao alcaide.

“Sr. prefeito João Mello você falou hoje [referindo-se a sessão da Câmara Municipal em que a base aliada do prefeito aprovou a contratação de empréstimos no montante de R$ 18, 6 milhões] na Câmara que tirou a favela do Nova Ibiúna, só que tá demorando a limpeza.

A vizinhança toda tá reclamando, pois já viram cobras, ratos, aranhas e pode ter até escorpiões. Aquele barrancão cheio de entulhos e também tem pessoas que vêm de longe trazer mais entulho, está afetando a saúde das pessoas.

Tome providências. Tá muito feio. Parece que teve um bombardeio. As pessoas gostariam de saber o que vai ser feito desse local, um aterramento, talvez? Limpeza, que seja! Pedimos providências urgentes! Obrigado!”

“FORMA CERTA”

Essa situação que vitrine online publica contradiz lamentavelmente a promessa do prefeito, repetida inúmeras vezes, no que diz respeito à realização de obras e prestação de serviços:

“[Vamos atuar] de forma certa, tecnicamente adequada, legalmente correta, que seja duradoura e que transforme a vida das pessoas.”

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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