IBIÚNA – CICLOVIA TERIA PERDIDO A ÚLTIMA CHANCE DE SER CONCLUÍDA, COM RECURSOS DO DADE

Iniciada em 2011 [portanto há 8 anos], no governo Coiti Muramatsu, e depois de consumir mais de R$ 5 milhões, a famigerada ciclovia que margeia a área urbana de Ibiúna e parte do varjão continua inacabada, precária, insegura para seus usuários, sem contar que seu protejo é considerado mal executado por especialistas.

No fim de 2018, vitrine online teve acesso a uma informação auspiciosa. A Secretaria de Obras, naquele momento, havia conseguido fazer uma readequação completa do projeto e obtido aprovação do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias – Dade, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Turismo, para que, enfim, a obra fosse concluída, liberando os recursos com essa finalidade.

Dentro da renovação do projeto, a única realização da atual administração foi a iluminação pública instalada em seu trajeto, com lâmpadas “led”. No demais nada foi feito. Na sequência, ocorreram atos de vandalismo, com roubo de partes da fiação elétrica e outros danos.

De acordo com as normas do Dade, quando um projeto não é executado em cinco anos, as verbas destinadas devem ser devolvidas com juros. E esse é um risco iminente, porque o Dade considerou como última possibilidade a execução da readequação do projeto. O que não aconteceu, dentro do prazo estabelecido pela instituição. A empresa não prosseguiu as obras por falta de pagamento, segundo apuramos.

9 ANOS

O prefeitos que se sucederam desde 2011, Fábio Bello e prof. Eduardo Anselmo, também não resolveram esse grande abacaxi que deveria ser um local destinado ao lazer e prática de exercícios para a população e visitantes. Houve várias paralisações no andamento das obras.

A ciclovia se tornou incomparável até mesmo com outras de cidades de menor porte que Ibiúna. Em suma é vergonhoso ver algo que deveria ser um cartão postal da cidade e que virou motivo de chacota.

Diferente de Piedade que vem investindo em turismo e será um dos próximos municípios paulistas a receber o título de estância turística. Ibiúna, que é estância turística há 19 anos, nada tem feito para justificar esse mérito.

Quando noticiamos em dezembro, esperançosos quanto ao projeto de readequação, o consideramos uma espécie de milagre, pois não se pode suprimir o que foi malfeito, no entanto previa sua recuperação e melhorias importantes para a segurança e a mobilidade a pé ou de bike, ao longo dos seus 3,2 quilômetros de extensão.

A ponte metálica, que não chegou a ser instalada e se encontrava em uma curva mas fora de posição de uso não seria mais utilizada, pois passou a servir como ponte sobre um córrego na divisa de Ibiúna com São Roque.

Mesmo nas péssimas condições em que se encontra atrai pessoas diariamente que, seguindo orientações médicas ou para manter a forma, procuram a ciclovia todos os dias, devendo redobrar o cuidado a cada passo ou pedalada. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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