IBIÚNA – DECISÃO SOBRE CONTAS DA SAÚDE DO ÚLTIMO QUADRIMESTRE É ADIADA MAIS UMA VEZ
A reunião do Conselho Municipal da Saúde – CMS, realizada na tarde de ontem (25) no Caps, centro da cidade de Ibiúna, com o objetivo principal de aprovar ou não as contas do setor relativas ao último quadrimestre, foi agitada, tensa, nervosa e, a certa altura, contou com a presença de quatro guardas civis municipais, chamados provavelmente para conter eventuais exacerbações.
No encontro, depois de muitas controvérsias, ficou decidido que o relatório de auditoria realizada no último dia 16 nas pastas das contas quadrimestrais das verbas da saúde será protocolado na Prefeitura com a promessa do secretário da Saúde, Samuel Rodrigues, de responder a cada um dos itens que apresentam supostas irregularidades no setor. A questão mais citada na reunião diz respeito a prováveis casos de superfaturamento na aquisição de medicamentos.
O relatório, em que se sugere a não aprovação das contas do último quadrimestre, solicita os seguintes dados por parte da Secretaria da Saúde: “fornecimento de relatório financeiro contendo nome do fornecedor, número e vigência do contrato, número das notas fiscais, data da emissão, valor, qual serviço prestado e data de pagamento; cópia dos contratos vigentes com a Prefeitura relacionados à saúde; cópia do projeto do chamamento público vencido pela OS”.
As análises feitas em documentos levantados pelo vice-presidente do CMS, Carlos Pires Sobrinho, Beto Arrais, ex-vereador e advogado; José Valter Dario, ex-diretor do Hospital Municipal, e Darci Rodrigues, conselheiro titular, destacam 9 parágrafos em que, supostamente, foram encontradas irregularidades, entre os quais se cita “aquisição de medicamentos em farmácias do município onde certamente paga-se um valor muito maior do que se adquirido diretamente nos distribuidores”.
Esse foi um assunto evocado enfaticamente pelo conselheiro Darci Rodrigues, que também ressaltou “altos valores” pagos para a empresa que transporta pacientes para serem atendidos em outros municípios, como Sorocaba e Itu. Ele fez uma comparação entre o que se paga pela locomoção com táxi, com valores bem inferiores.
Na última reunião, realizada no dia 14 de outubro, com o mesmo propósito, presidida por Carlos Pires Sobrinho, as contas deixaram de ser aprovadas por falta de tempo para análise dos documentos apresentados pela Secretaria Municipal da Saúde. A reunião havia sido convocada numa sexta-feira, 11 de outubro. O presidente do CMS, João Batista da Silva, não compareceu a essa reunião.