IBIÚNA – VI NESTA NOITE DEZENAS DE SATÉLITES CRUZANDO O CÉU

Saí de casa para acender a luz do quintal. Olhei para o céu. Estava salpicado de estrelas. Lembrei que a poluição do ar diminuiu em todo o mundo. Um exemplo: na Índia é possível ver as montanhas do Himalaia a olho nu, o que não era mais possível antes da diminuição das atividades humanas por conta do coronavírus. Até mesmo o céu paulistano está mais leve e suave. É certo que esse nanoser está provocando muita dor, sofrimento e morte no planeta, mas certamente marcará uma época e uma grande mudança existencial na comunidade humana.

Bem. Chamei meu filho e meu neto para verem a grande movimentação de pontinhos de luz brilhantes. Vivemos um momento de grande emoção. Pensei, quem sabe, os ETs estão vindo à Terra para salvar a humanidade de tanta destruição da Natureza e de si mesma.

Depois concluí que só poderiam ser satélites, todos na mesma órbita. Primeiro vi um pontinho em movimento rápido, depois outro, mais outro. Contei mais de duas dezenas, com encantamento.

Veja o resultado da pesquisa que realizei pela manhã de hoje (10).

Mais de 40 países possuem satélites orbitando a Terra, mais da metade desses objetos foram lançados pelos Estados Unidos. Existem mais de 3.600 em atividade, além de milhares de sucatas que perderam sua função, considerados lixo espacial.

O Space Track, um site do Departamento de Defesa dos Estados Unidos estima que mais haja mais de 150 mil objetos em órbita da Terra.

Os satélites ficam girando em torno do planeta. Quando são levados ao espaço por um foguete, este dá um “empurrão” para que o satélite permaneça em órbita, e não caia na Terra ou se perca no espaço. O empurrão é calculado matematicamente para que isso não aconteça.

FUNÇÕES

Os satélites cumprem basicamente três funções: metereologia e experimentos científicos, mapeamento e telecomunicações (TV).

Um tipo de satélite se move à mesma velocidade da Terra, ou seja, a 11.070 km/hora, por isso fica no mesmo ponto e se chama geoestacionário, a uma distância de 35.786 km de altitude. Veja abaixo os três tipos de órbitas cumpridas pelos satélites artificiais:

1- CIRCULAR EQUATORIAL OU INCLINADA

ALTITUDE – de 300 a 1 000 km

APLICAÇÃO – Meteorologia e experimentos científicos

VELOCIDADE – 27 800 km/h

2- POLAR

ALTITUDE – 800 km

APLICAÇÃO – Mapeamento

VELOCIDADE – 26 800 km/h

3- GEOESTACIONÁRIA (SEMPRE SOBRE O MESMO PONTO)

ALTITUDE – 35 786 km

APLICAÇÃO – Telecomunicações (TV)

VELOCIDADE – 11 070 km/h (a mesma da Terra)

(Carlos Rossini é editor de vitrine oline)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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