TODOS IMPORTAM, INCLUSIVE VOCÊ

Sim! Todos importam. Você que me lê agora e os demais seres que jamais conhecerei, como eles a mim. Cada qual é um capítulo de um livro tão extenso quanto o mundo feito de sonhos, fantasias e realidade. Nada é tão verdadeiro quanto sua existência e o que você faz dela a cada instante, seja lá o que for, porque não existe certo ou errado, apenas fenômenos que ocorrem no fluxo do tempo.

Se adquirimos conhecimentos e depois os torcemos como se faz com a roupa lavada, o que sobra é muito pouco para sustentar a ideia de que existimos como se disso tivéssemos algum tipo de certeza, já que somos feitos de um fermento que inclui como ingredientes dúvidas e mais dúvidas.

Dúvidas sobre nós, sobre os outros, sobre a natureza, sobre a luz do sol e da lua, sobre o que dizem nossos sonhos e o que vemos ou percebemos pelos sentidos e nossa intuição.

Vivemos na casca de uma superfície que conseguimos mal enxergar porque nem sempre estamos onde nos encontramos, mas flutuando em meio a pensamentos que nem sequer surgem de nossa vontade, mas por eles mesmos.

Se soubéssemos ao menos conversar com os nossos sonhos quando acordados, talvez conseguíssemos conhecer um pouco mais de nós mesmos e seríamos, se supõe, mais autênticos quanto ao que verdadeiramente sentimos e o que somos.

Na medida em que você me lê nós entramos numa modalidade de diálogo que pode alinhavar os seus fluxos mentais que dizem respeito à sua pessoa, como ser único, com uma história única com início, meio e fim – e esta é uma condição que nos torna universais.

Assim, você, sabedor como terminam todas as histórias, pessoais ou coletivas, poderá, enfim, respirar com liberdade sua própria existência, aqui e agora, o único tempo em que verdadeiramente existimos e somos.

Se você crê que viver é uma odisseia, no que este termo tem de aventuras, surpresas e estranheza, então poderá aprender que integra o corpo da Humanidade que iniciou sua jornada entre mitos até se espantar com o que via ao seu redor, todas as coisas e fenômenos.

Esse espanto nos diz respeito até os dias atuais e, provavelmente, continuará a acompanhar a nossa jornada até os fins dos tempos ou, talvez, de outros começos muito distantes de nossa capacidade de imaginação.

Todas as sementes são possíveis árvores do futuro e, por isso mesmo, são importantes quanto você tenha a cor que tiver, as crenças, os desejos, com seu jeito único de ser, enquanto existir. Tudo importa, e isso inclui você. (Carlos Rossini é editor de vitrine online e pós-graduando em Filosofia Clínica)

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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