DEUS, SALVE IBIÚNA!

Como a população ibiunense, pelo que se observa nas postagens no Facebook, é constituída por pessoas religiosas, gostaríamos de pedir que orassem por Ibiúna e que pedissem “Deus, salve Ibiúna!”, porque precisamos de intervenção divina para que as coisas melhorem, o que não tem acontecido. O município prossegue farto de problemas de toda a espécie e não se vê motivo para ter esperança, pelo menos em relação à atual gestão, cujo mandato termina em dezembro.

Vitrine online vem noticiando exaustivamente alguns problemas que são crônicos e não têm merecido a devida atenção das autoridades.

Vamos por parte. A Estrada da Cachoeira, que dá acesso ao bairro do mesmo nome e a um luxuoso resort, continua cheia de buracos. O trecho inicial que vai da ponte até a bifurcação que liga Ibiúna a Mairinque, de certa de 700 metros, recebeu uma verba de R$ 523.575,85 da Caixa Econômica Federal para obras de recapeamento que tiveram início, mas em seguida foram paralisadas. A parte realizada já apresenta buracos e o trecho que não recebeu a melhoria é uma buraqueira infame. A sua conclusão estava prevista para junho de 2019, o que não aconteceu até hoje (17).

No dia 20 de julho de 2019, de acordo com notícia divulgada pelo Executivo, o prefeito esteve vistoriando o local já com uma parte do recapeamento iniciada. Na ocasião declarou: “Estamos trabalhando para levar mais qualidade de vida à população, além disso, sabemos que os bairros são carentes de infraestrutura.”

No dia 31 de julho, vitrine online esteve no local e observou que uma faixa foi afixada na cerca do residencial com os seguintes dizeres: “Recapeamento nesta via – Trafegue com cuidado. Seus IPTU bem aplicado.”

RODOVIÁRIA

Igualmente, noticiamos à exaustão as péssimas condições da rodoviária de Ibiúna, considerada, com justa razão, como um “lixo” pela população. A prometida reforma não aconteceu. Em compensação a Prefeitura demorou 7 meses para consertar uma parte do teto que desabara durante uma chuva no dia 27 de novembro de 2019.

A situação da rodoviária continua vergonhosa e causa espanto que a atual administração não tivesse cumprido sua promessa de, ao menos, promover uma melhoria naquele ambiente que envergonha e causa náuseas em seus usuários, sobretudo aqueles que vêm de outras cidades, como São Paulo, para Ibiúna.

CICLOVIA

Iniciada há dez anos, a famigerada ciclovia continua na mesma, inacabada e com trechos abandonados e ásperos, muito longe do que estava previsto no projeto inicial. A única ação do atual governo naquele local foi instalar iluminação e, segundo se ventilou, a verba destinada pelo Dade, órgão responsável pelo fomento das estâncias turísticas, teria sido perdida, exatamente porque a obra não se realizou.

LIXO

A questão da precária coleta de lixo no município continua infame. Queixas de acúmulos são feitas nas redes sociais a todo instante, fato incompatível com uma estância turística e, mesmo que não fosse, seria igualmente um fato inaceitável, por tratar-se de uma questão de desrespeito ao meio ambiente e também à saúde pública. (C.R.)

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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