COVID-19 – A PRIMEIRA DOSE DA VACINA A GENTE NUNCA ESQUECE

A primeira dose da vacina contra a covid-19 a gente nunca esquece. A segunda, também.

A primeira é cheia de esperança, a segunda de confiança.

Afinal, poderemos estar imunizados contra esse nefasto vírus que tanto sofrimento e mortes tem causado em todo mundo e, de maneira gritante, no Brasil.

E pensar que o homem que deveria ser exemplo de conduta a favor da ciência que é um produto da inteligência humana pelos atributos divinos com que os homens foram agraciados por Deus a despreza ridiculamente.

E, pior, esse homem que tanto evoca Deus, “acima de tudo”, prossegue irresponsavelmente negando a pandemia, como se um deus particular (ou o demônio) habitasse sua cabeça e o obrigasse a ser do contra em relação à humanidade.

Que projetos secretos o animam a ser uma das criaturas mais insensíveis, frias e calculistas de que se tem notícia nos tempos atuais, que o tornam incapaz de se sensibilizar com a dor e o sofrimento dos outros – todos os outros?

Já estamos registrando 330 mil mortos por covid-19 no país, mas infelizmente as previsões não são nada otimistas. A médica e pesquisadora da Fiocruz, dra. Margareth Dalcomo, prevê que este mês de abril será tão triste quanto março em número de mortes por coronavírus.

Há muitas razões para isso: o negacionismo do presidente da República e suas ações contrárias às restrições e às orientações científicas para proteção contra contágios; falta de planejamento, competência executiva na aquisição e aplicação de vacinas, que é dever do governo federal, por meio do Ministério da Saúde, entre outras.

Cientista da mais alta credibilidade, Dalcomo é clara como a luz solar:

“A vacina é espetacular, é uma solução, mas a vacina não é milagre. A vacina, sozinha, não vai resolver. As pessoas têm que se vacinar e ficarem nas suas casas. Nós pedimos e vou pedir mais uma vez, não pode ter Páscoa, não pode ter festas, não pode ter aglomerações, não pode ter cerimônias de famílias, não pode ter festa de aniversário, não pode ter nada.”

Bem, para fechar, nesta segunda-feira (5) vou receber a segunda dose da CoronaVac pelo sistema drive thrue no Centro de Convivência dos Idosos aqui em Ibiúna.

É o mínimo que posso fazer para proteger não apenas a mim mesmo, mas também os outros, confiante nos cientistas de todo o mundo que fizeram o “milagre” de desenvolver vacinas em prazos inimagináveis no passado não muito distante.

Confie você também porque a vacinação é a única forma de essa terrível pandemia ser enfrentada e vencida e já há pesquisas iniciais apontando leve diminuição de casos de contaminações no grupo de pessoas já vacinadas. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *