DIRETORIA DA OAB SUBSEÇÃO IBIÚNA TOMA POSSE; VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES É TEMA DE PALESTRA
A diretoria da OAB-Subseção Ibiúna foi empossada na manhã de hoje (26) pela presidente da Seccional do Estado de São Paulo, dra. Patrícia Vanzolini, em solenidade realizada na sede da entidade em Ibiúna, cujo auditório ficou lotado pelas presenças de advogados e representantes de OABs de diversas cidades, principalmente na região.
Receberam certificados das mãos de Vanzolini: Luciana Pilar Bini Rojo Cardoso, presidente [reeleita pela terceira vez consecutiva]; Mauro Atui Neto, vice-presidente; Jefferson Sá Valença Machado, secretário-geral; Mariangela Borges de Camargo, secretária-adjunta; Roberta Castanho, tesoureira. Também foi empossado o advogado Rodrigues Moraes, que foi gestor da entidade por seis anos, no cargo de assessor da diretoria.

Homenageada pela posse, a dra. Luciana, agradeceu a todos os presentes, em nome dos seus colegas de diretoria e recebeu votos de sucesso em sua jornada de gerir a instituição no triênio 2022-2024.
Primeira mulher eleita presidente da Seccional da OAB no estado de São Paulo, em 90 anos, a dra. Patrícia Vanzolini, durante entrevista gravada em vídeo pela revista vitrine online, lembrou que também uma mulher [dra. Luciana] preside a OAB-Subseção Ibiúna e que esse num cenário em que as mulheres estão em uma condição de “desigualdade”, mas que essa situação começa a mudar, a favor das mulheres.
VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES
Vanzolini discorreu sobre o tema “Violência contra as mulheres”. Veja, em resumo, o teor de sua palestra:

“Sou a primeira mulher a presidir a OAB em 90 anos. Aqui também a dra. Luciana está em seu terceiro mandato.
Existe uma relação direta entre a desigualdade de gênero e violência de gênero.
Não é por acaso que somos [o Brasil] o 5º país com mais feminicídio do mundo.
É porque nós temos uma desigualdade de gênero tremenda. Se a gente for perceber nas carreiras jurídica, nunca houve uma presidente do Tribunal de Justiça, nunca houve uma procuradora Geral da Justiça, nunca houve uma delegada geral.
Embora nós estejamos na base das carreiras, inclusive jurídicas, – aliás, na advocacia nós [mulheres] já ultrapassamos os homens; hoje dos inscritos na OAB 51% são mulheres e 49%, homens. Mas, quando vamos subindo a pirâmide, nós vamos rareando. Isso reflete diretamente no índice de violência contra a mulher.
Porque uma mulher que não respeita, uma mulher que não tem independência, uma mulher que não tem autonomia, está mais sujeita a ser subordinada, está mais sujeita a sofrer toda sorte de violência.
‘LUTA É DE TODA A SOCIEDADE’
Então, nós temos que cuidar da violência contra a mulher desde a base, aquele momento invisível, que a gente nem percebe como violência, mas que é uma violência: o controle, a ridicularização, o ganhar menos [do que os homens] pelo mesmo trabalho, ter menos oportunidades, ser discriminada por ser mãe; enfim, a gente tem de cuidar dessas pequenas violências, que, na verdade, não são pequenas, mas é o caldo de cultura que vai gerar o feminicídio, o estupro e as violências mais chocantes.
Elas só são a ponta do iceberg e a sociedade tem que estar inteira junta.
Essa luta não é só das mulheres. Essa luta é dos homens e das mulheres.
Então é muito importante que os homens que têm mães, esposas, irmãs, filhas encampem também essa luta, porque o mundo com menos violência e mais justo para todos.”

