AR PURO É UMA DAS MAIORES ATRAÇÕES TURÍSTICAS DO MUNICÍPIO DE IBIÚNA

Com um clima comparável ao de Campos de Jordão, município localizado nas montanhas da Serra da Mantiqueira, o ar puro de Ibiúna, dominado por uma imensa área verde de matas naturais em seu território com mais de mil quilômetros quadrados, constitui uma das maiores atrações turísticas do município, que se estende até as montanhas da Serra do Mar.

Uma das provas incontestáveis dessa informação está na própria natureza, especificamente nos troncos das árvores.

Em entrevista levada ao lar no programa “Bom Dia São Paulo” (TV Globo) de hoje (31), o botânico Ricardo Cardim, o Dr. Árvore, entrevistado pela repórter Ananda Aple, esclareceu que “as manchas brancas, amarelas ou vermelhas que aparecem nos troncos das árvores são constituídas por uma forma interessante de vida em que se associam fungos e algas e são inequívoca comprovação da qualidade do ar do local”.

Da mesma forma que as bromélias e samambaias, esses liquens usam as árvores apenas como suporte e “não causam nenhum problema para as árvores”, o que liquida com o mito de que essas manchas poderiam ser doenças nas plantas.

“Os fungos e algas são sensíveis à poluição e onde eles existem é sinal que o ar é puro. Em São Paulo, em muitas praças, parques e avenidas e ruas, quase não se verifica a presença de líquen por causa da poluição”, afirmou o botânico.

Para as pessoas que consideravam até agora que as manchas eram prejudiciais às árvores e até procuravam raspá-las, o Dr. Árvore informa que isso não precisa ser feito, pois, ao contrário, indica que o local é bem oxigenado.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.