IBIÚNA – HOMEM AGRIDE BRUTALMENTE MENINA NA PRINCIPAL RUA DO CENTRO

CENA 1 -Uma adolescente de 15 anos desce hoje (8) por uma calçada da Rua XV de Novembro, a principal via do centro da cidade de Ibiúna, ao lado de sua mãe. São 14h20. Um homem descalço sobe pela mesma calçada em direção oposta.

De repente, o homem estende a mão em direção à menina e aparenta pedir alguma coisa. Tudo ocorre muito rápido, em milésimos de segundo. Então o homem dá um violento soco no rosto da menina que cai na calçada, enquanto o agressor prossegue sua caminhada. Um homem que está perto da mulher procura socorrer a menina que, mais tarde, seria levada por uma ambulância do Samu para o Hospital Municipal de Ibiúna, onde foi atendida e liberada.

CENA 2 – Cinco minutos depois, ainda na Rua XV de Novembro, uma equipe da Guarda Civil Municipal, constituída pelos policiais Eduardo, Roberto e Wellington, cumpre sua função: detém o agressor, W.P.S., 34 anos, morador no bairro Rosarial, e o conduz para a Delegacia de Polícia de Ibiúna, onde será feito um boletim de ocorrência. Para lá também foram a mãe e a adolescente vítima da agressão.

O agressor sobe a calçada: logo se dará a agressão à menina

CENA 3 – Na delegacia, entre outros procedimentos, o agressor assina um termo de compromisso. Isto acontece porque, segundo apuramos com o delegado titular, nos crimes de menor potencial ofensivo (pena até 2 anos), “a legislação coloca que, em situações fragranciais, o autor é liberado assumindo o compromisso de ir ao Fórum”.

CENA 4 – Enquanto o vídeo da agressão circula rapidamente nas mídias sociais [vitrine online veiculou em sua página no Facebook], as pessoas se mostram indignadas com o ato brutal de violência do qual a menina não teve a menor chance de escapar. Mulheres comentam que o agressor vive perambulando na Praça da Matriz e nas ruas centrais da cidade. O presidente do Conseg – Conselho Comunitário de Segurança, engenheiro Marcelo Zambardino, nos informa que esse indivíduo [que anda descalço] é sempre visto nas ruas e somente aborda mulheres, como foi o caso desse episódio.

Menina permanece no chão muito assustada e atordoada pelo violento soco

CENA 5 – Surgem comentários de que W.P.S., 34 anos sofreria de problemas mentais e estaria sendo atendido pelo CAPS – Centro de Atenção Psicossocial de Ibiúna. Essa questão é ventilada durante a elaboração do B.O. na Delegacia de Polícia, mas a autoridade informa que “não foi apresentado nenhum documento nesse sentido”.

CENA FINAL – O agressor é liberado e a menina retorna para a sua casa com dois ferimentos: o provocado pela dor do soco em seu rosto e a lembrança do pavor que sentiu no meio da tarde, quando foi surpreendida com uma agressão injustificável, que estará sempre presente em sua memória.

SENSAÇÃO DE INSEGURANÇA

MICROEDITORIAL: Fatos como esse intranquilizam a população e contribuem para gerar uma sensação de insegurança e, mais, ainda que saibamos que não é fácil a polícia estar em todos os lugares ao mesmo tempo, clamam pela necessidade de ações de natureza preventiva.

Na verdade, ninguém poderia pressupor que um homem pudesse agir dessa maneira surpreendente no meio de uma tarde ensolarada.

 Mas, será que um portador de enfermidade mental supostamente grave pode ficar circulando pela cidade e, de repente, agir de modo agressivo descomunal e ferir uma menina que, talvez, estivesse acompanhando a mãe para fazer compras de Natal?

FOI ATENDIDO PELO CAPS

ATUALIZAÇÃO: Indagada agora há pouco pela revista vitrine online, a diretora do CAPS, psicóloga Daniela Lima, confirmou que o agressor passou pela instituição, esclarecendo que “sua última consulta foi em 2016”; portanto, há 7 anos.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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