TROPEIROS DE IBIÚNA CHEGARAM HOJE À TARDE A IGUAPE

Samuel Batata, Marquinho, Arthur Batata, Juliano Morais (Pilar do Sul) e Matheus (Miracatu) que saíram em romaria de Bom Jesus de Iguape, depois de sete dias de cavalgada, chegaram neste domingo (3) de tarde à praça da Basílica Santuário do Senhor Bom Jesus de Iguape.

Eles partiram de Ibiúna na segunda-feira (28) de Ibiúna enfrentaram 195 km de trilhas, pontes, matas fechadas, subidas e descidas de grotões, frio intenso, acamparam, se alimentaram de paçoca de carne seca, café caipira, tendo à frente Samuel Batata, filho do saudoso e também tropeiro Marcão Batata.

Cumpriram a missão movidos pela fé e a tradição de homenagear Bom Jesus de Iguape, uma festa tradicional que atrai romeiros de outras localidades de 18 de julho a 6 de agosto.

Levaram junto os bons votos de proteção de seus familiares e amigos, já que são personagens conhecidos e pessoas queridas que concluíram a missão com sucesso.

Ainda nesta madrugada devem chegar a Ibiúna, desta vez trazidos em um caminhão, com seus oito cavalos e mulas que muitas vezes eram levados pelas mãos dos romeiros, sobretudo nos muitos trechos estreitos da mata fechada.

A TVUNA, que manteve diversos contatos com os romeiros recebeu uma série de vídeos breves da longa jornada e vai entrevistar os tropeiros para exibir, em breve, uma reportagem especial sobre esse feito que exige determinação, resistência e muita fé.

TRADIÇÃO CENTENÁRIA

No século XVII a imagem do Bom Jesus foi encontrada na Praia do Una, no município de Iguape. A partir daí se iniciou a tradição de celebrar Bom Jesus com uma grandiosa festa.

As comemorações incluem missas, procissões e outras atividades culturais e religiosas, sem faltar comidas típicas da região.

O tropeiros saíram de Ibiúna, passaram por Juquitiba, Miracatu, Juquiá, até chegar a Iguape.

A chegada neste domingo à tarde

Uma foto antes da partida de Ibiúna na segunda-feira, sete dias atrás

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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