IBIÚNA RECEBE ONZE MÉDICOS CUBANOS PARA ATENDER À POPULAÇÃO NOS POSTOS DE SAÚDE

Num improvisado portunhol, com notória alegria, o prefeito Eduardo Anselmo deu boas vindas hoje à tarde (22) a onze médicos cubanos – dez mulheres e um homem – que irão trabalhar na Rede Básica de Saúde do município de Ibiúna. Um décimo-segundo médico não esteve presente por erro nominal no seu passaporte, mas virá integrar a equipe. Cada um receberá R$ 2.400/mês da prefeitura, como ajuda para moradia e alimentação e os salários do  Programa Mais Médicos do Governo Federal. A solenidade, com repetidos aplausos, se realizou no saguão do Paço Municipal pouco depois das dezesseis horas e contou com a presença de funcionários da saúde, secretários municipais e vereadores. Eles assumirão suas funções tão logo sejam formalmente designados com a publicação dos seus registros no Diário Oficial da União, o que deve acontecer em breve.

O prefeito informou que eles irão trabalhar em lugares fixos [Postos de Saúde e na sequência em Unidades Básicas de Saúde] 8 horas por dia, cinco dias por semana, proporcionando atenção básica à população e ajudando a desafogar o atendimento no Hospital Municipal.

“Tatiane, Deus ouviu nossas preces”, disse Eduardo Anselmo ao dirigir-se à diretora da Rede Básica de Ibiúna, enfermeira Tatiane Cilene Ferreira, a quem caberá coordenar os procedimentos para que as atividades dos médicos cubanos sejam bem-sucedidas em benefício da população nos bairros do município.

“Eles vão ajudar na educação dos munícipes com orientação sobre higiene e trabalhar na medicina preventiva”, esclareceu Tatiane para quem “esse é um fato histórico em Ibiúna, já que a população vai contar com atendimento de qualidade cinco dias por semana, diferente da situação que vinha se arrastando com atendimento a cada quinze dias ou um mês. Isto é motivo de orgulho para nossa cidade.”

Niorkidis González, 37, clínica geral e pediatria, nasceu na cidade de Santiago de Cuba e vivia com seu filho de dez anos em Havana, antes de viajar para o Brasil para integrar o Programa Mais Médicos. Ela e o grupo que desembarcou hoje em Ibiúna estavam em São Paulo.

González falou em nome de seus colegas e mencionou a alegria de toda a equipe médica designada para trabalhar em Ibiúna, “uma cidade cheia de verde e que todos vão dedicar-se com o melhor empenho para prestar um serviço de saúde clínico e preventivo de qualidade”.

“Vida nova”

A secretária municipal da Saúde, Giselli de Campos, avaliou que o Programa Mais Médicos representará uma vida nova na atenção básica à população.  E foi enfática: “Nossa saúde hoje é uma saúde doente e o Programa vem nos auxiliar no sentido de termos efetivamente uma saúde preventiva, em que a comunidade dos bairros poderá receber não apenas a consulta médica, mas atenção para os problemas que realmente fazem parte da sua vida, uma vez que [os médicos generalistas] estão aqui para orientar, prevenir, ouvir e participar da vida comunitária.”

Na manhã desta quarta-feira (23), houve reunião com os médicos cubanos no Paço Municipal quando os profissionais foram designados para os postos de trabalho nos bairros: Piaí – Catherine Scull Hernandez; Morro Grande (que está fechado para reforma)/Recreio onde se dará o atendimento – Mercedes Goicochea Dally; Ressaca – Naylie Torres Quintana; Paruru – Neysi Escalante Pacheco; Cupim – Niorkidis González Carvajal; Capim Azedo – Niurka Alina Delgado Vasquez; Campo Verde – Niuris Valdes Marten; Carmo Messias – Nohemia Reyes Alcolea; Verava – Norberto Galarraga del Valle; Gabriel – Odalis Suarez Hernandez; Paiol Pequeno – Yenisleydis Cabrera Alonso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.