COM SECURA DO AR E DAS MATAS ECLODEM VÁRIOS FOCOS DE INCÊNDIOS EM IBIÚNA

Vários focos de incêndios nas matas foram verificados hoje (10), no município de Ibiúna, em decorrência da estiagem, da intensa secura do ar e do calor. Um deles, no bairro do Paruru, foi combatido por quatros guardas civis municipais e populares, numa atitude solidária. Utilizaram abafadores para controlar o fogo que estava próximo de atingir uma plantação de cogumelos. No fim da tarde parte do centro da cidade ficou coberta por uma névoa de fumaça.

Por volta das 11h40, após receber o chamado do Paruru, a GCM chegou a pedir um carro-pipa ao Corpo de Bombeiros num município vizinho, mas como haveria uma demora de pelo menos quarenta minutos para sua chegada, o jeito foi organizar uma ação coletiva que deixou seus personagens cobertos de fuligem.

Essa situação lembra, mais uma vez, a necessidade de se instalar em Ibiúna uma unidade do Corpo de Bombeiros. No entanto, segundo levantamento feito por vitrine oline, se a prefeitura quisesse implantar hoje uma unidade de Corpo de Bombeiros teria que entrar com uma contrapartida considerada “muito alta” pelas autoridades municipais. Além do local físico para abrigar a viatura, teria que construir um alojamento e manter a equipe de bombeiros, adquirir diversos equipamentos de combate a incêndio ou para serem utilizados em outras situações de salvamento.

A implantação desse serviço público da maior importância considerando as dimensões territoriais de Ibiúna com 1.063 km2 onde existem mais de oitenta bairros rurais continua em pauta com objetivo a ser realizado. Atualmente, em caso de uma situação crítica de maior amplitude, o socorro aparentemente mais próximo deverá ser pedido ao Corpo de Bombeiros de São Roque, localizado a trinta quilômetros do centro urbano de Ibiúna, distância considerável tendo em vista a natureza de ocorrências inesperadas e de rápida evolução, como é o caso de incêndios.

Espera-se que, depois das eleições de outubro, esse assunto volte a ser tratado junto ao governo estadual e que haja uma situação mais favorável economicamente de modo que Ibiúna, finalmente, possa contar com esse serviço público indispensável.

 

 

 

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.