IBIÚNA – MANIFESTANTES FAZEM DOIS BLOQUEIOS NA ESTRADA DO VERAVA

Inconformados com a atitude [“ele não está nem aí”] do chefe do Executivo ibiunense e com o não cumprimento dos acordos feitos com a intervenção do próprio prefeito por parte das empresas que trabalham para o consórcio do Sistema São Lourenço, moradores no bairro do Verava fizeram dois bloqueios hoje (2), feriado municipal, na Estrada do Verava. Um no km 16,5 que permite acesso ao porto de areia e outro no km 17, na altura da Escola do Waldomiro.

O protesto começou às 5 horas da manhã, chegou a reunir cinquenta pessoas, e deverá se estender até a próxima sexta-feira, pelo menos, segundo informaram à vitrine online líderes do movimento.

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Nas reuniões realizadas entre o prefeito Fábio Bello, as empresas contratadas pelo consórcio e representantes do bairro, ficou acertado que as empresas fariam o recapeamento da estrada, com grandes danos provocados pela contínua passagem de caminhões pesados, que levam material para uso no Sistema São Lourenço, realizar limpeza do lamaçal que provocam na instalação de materiais hidráulicos e também limpeza dos entulhos que descarregam nos acostamentos, entre outras providências.

“O prefeito entende que a responsabilidade pela recuperação e conservação da estrada é das empresas do consórcio, mas as empresas alegam que isso [o recapeamento da via] não foi previsto no contrato inicial estabelecido entre o governo (Sabesp) e as empresas consorciadas. E, assim, acabaram nos enrolando e dando a impressão que o problema estaria resolvido.” Estas são palavras de um dos manifestantes que participou do bloqueio anterior, na mesma estrada, feito nas proximidades de Furnas, já na rodovia Bunjiro Nakao.

Os organizadores impediram tanto o acesso dos ônibus conduzindo os trabalhadores, assim como de caminhões e equipamentos pesados, mas permitiram que os ônibus circulares e os moradores passassem normalmente pela estrada.

Na parte da manhã “apareceram duas viaturas da GCM” e um dos policiais “quis nos retirar daqui meio na brutalidade” e, à tarde, apareceu uma viatura da Polícia Militar, “mas os policiais só ficaram observando o movimento”, declarou outro líder do movimento, assegurando que a ação irá continuar “até que haja uma solução efetiva para esse problema que está nos atormentando”.

“Vão retirar água de Ibiúna para abastecer grande parcela da população metropolitana de São Paulo e isso é muito importante, mas não estamos dispostos a pagar o preço da destruição de nossas estradas, ruas e dos nossos bairros e gerando um grande desconforto para todos nós.”

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.