ENQUETE – GOVERNO COITI MURAMATSU É REPROVADO POR 86% DA POPULAÇÃO

“Você aprovou o governo Coiti Muramatsu?”. Esta foi a pergunta formulada na enquete realizada pela revista vitrine online e o resultado apurado – mantendo-se constante a mesma tendência percentual – foi o seguinte: 86% (172 votos) responderam não, reprovando sua gestão; e 14% (27 votos) pontuaram sim, aprovando sua gestão.

Esse resultado reflete a avaliação da opinião pública ibiunense do desempenho da administração Coiti, que teve início no dia 15 de junho de 2009, quando assumiu oficialmente o cargo de prefeito, cinco dias após a morte do prefeito coronel Darcy Pereira Leite, que sofrera enfarte fulminante em seu gabinete no dia 22 de maio e falecera no dia 11 de junho, após permanecer vinte e um dias internado na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Coiti, na verdade, foi pego de surpresa e estava aparentemente despreparado para assumir a prefeitura e esperava mesmo permanecer como vice até o fim do mandato. Diversas vezes mostrou-se descontente com os aborrecimentos do ofício chegando a dizer que “não precisava daquilo” (de ser prefeito), demonstrando uma notável inapetência política.

Com um comportamento extremamente contido e tímido, procurou uma tábua da salvação por três vezes. Primeiro na figura do seu amigo e advogado Carlos Tadeu Ribas; depois, em Sérgio de Matos, que viera de São Paulo junto com Paulo Niyama, por indicação do deputado federal Arnaldo Faria de Sá e, finalmente, Paulo Niyama, que permaneceu até o fim do seu governo como o mais poderoso secretário da prefeitura. Ficou conhecido como “Paulinho da Saúde”, por reabrir o Hospital Municipal.

Coiti se tornou dependente desses três personagens, dentre os quais o mais influente e pelo período mais longo foi Paulo Niyama, que se candidatou a prefeito pelo DEM, nas eleições de 7 de outubro de 2012, mas foi derrotado, tendo obtido pouco mais de três mil votos, num colégio eleitoral de mais de cinquenta mil eleitores.

Foi uma gestão sem planejamento, espasmódica, sem norte, que estabeleceu relações excessivamente íntimas com a maior parte dos vereadores, depois de haver pelo menos duas ou três ameaças de cassação de Coiti. Sofreu reveses com manifestações de protestos por falta de pagamento de professores e outros servidores e teria deixado uma dívida enorme para seu sucessor, que deverá ser contabilizada no próximo dia 31 de janeiro e divulgada, como prometeu o novo prefeito prof. Eduardo Anselmo, além de deixar obras inacabadas como apontou a vitrine online com fotos de pelo menos quatro delas. Foi um governo que começou mal e terminou do mesmo modo, segundo se depreende de sua avaliação pública.(C.R.) 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.