VITRINE ONLINE VAI CONTAR HISTÓRIAS E FATOS OCORRIDOS EM IBIÚNA E REGIÃO HÁ 40 ANOS
Exatamente no dia 25 de janeiro de 1976, e lá se vão quarenta anos, o jornalista, bacharel de Direito e escritor Antoninho Rossini, lançava em Ibiúna O Correio Regional, o primeiro jornal impresso pelo sistema offset. Na função de diretor, tinha ao seu lado Carlos Rossini, seu irmão, no cargo de editor. Com redação na rua XV de Novembro, o jornal circulava também em São Roque, Piedade e, posteriormente, também em Mairinque.
Durou o que teve de durar, fez parte da história e foi uma aventura muito gratificante para nós. Se nos dias presentes é difícil editar um jornal por aqui, por falta de sustentabilidade por parte de anunciantes que assegurariam a independência editorial da publicação, imagina-se naquela época, em que outro jornal, Tribuna de Ibiúna, fora lançado pelos irmãos Rubi e Iuquim Elias, em setembro de 1965, e igualmente foi descontinuado. O primeiro editorial falava do ideal do jornal de “servir a comunidade ibiunense”.
Antoninho Rossini realizou esse sonho por amor à cidade, uma cidade bem diferente dos dias atuais, em que a vida de trabalho combinava com a serenidade, a segurança e paz que reinava no município, atualmente agitado e com desafios imensos a serem enfrentados a fim de assegurar melhor qualidade de vida de sua população.
No primeiro editorial com o título “O jornal e seu público” anunciava “a missão precípua de informar, entreter e servir Ibiúna e toda a região, integrando os homens da cidade e do campo”. A direção de O Correio Regional, antes do seu lançamento ouviu a opinião pública a fim de “formatar” sua linha editorial. Eis a voz do povo naquela época: “um jornal deve ser imparcial, não se imiscuir em intrigas baixas, não deve proferir ofensas pessoais, nem aderir à uma paixão política”.
Além dos irmãos jornalistas, o jornal contava com Hélio Silva, na área de publicidade, conhecido corretor de imóveis em Ibiúna; Oscar Verzola e Oscar Verzola Júnior (São Roque), Fausto Teshirogi, Geraldo Teshirogi, Milton E. Giancoli, Pedro Pereira Cordeiro, José Carlos Soares (Zeca do Cartório), Maria Carmelina Marciano (Piedade) No início, seguiu de São Paulo para Ibiúna o jornalista Ari Bentes, que ficou morando na cidade por uns tempos e cobrindo os fatos diretamente.
PRIMEIRA EDIÇÃO
A primeira edição trazia a manchete “Obras: a previsão para este ano”, mostrando o que planejavam fazer os prefeitos da época: Jarbas de Moraes (São Roque), Seme Issa (Ibiúna) e Arthur Hess (Piedade). Uma chuva de granizo prejudicara a produção agrícola e os bairros mais atingidos foram Rio de Uma, Azevedo e Curral.
O segundo título em destaque: “Ibiúna chamando a Telesp”. Mesmo tendo inaugurado uma nova sede, a empresa mantinha um “arcaico aparelho de distribuição de ligações urbanas e apenas uma linha para ligações interurbanas. Operava com um aparelho de PBX antigo e saturado. As ligações para São Paulo demoravam, em média, três horas para serem completadas. Os reparos eram demorados e aparelhos chegavam a ficar quatro meses fora de funcionamento.
Na página 9, figura a notícia da assinatura de financiamento Caixa Econômica Estadual no valor de Cr$ 1 milhão para a construção do Régia – Hospital, Maternidade e Pronto-Socorro, no Jardim Áurea, no centro, em Ibiúna. Atualmente, ali funciona o Hospital Municipal de Ibiúna. O contrato foi assinado pelo então presidente da Caixa, Afrânio de Oliveira, e pelo diretor do hospital, dr. José Ferreira Reguengo Sobrinho.
Na última capa uma reportagem especial com sob o título “Marrero Futebol Clube”, em entrevista com um dos homens mais apaixonados por futebol de Ibiúna, Benedito Marrero, uma história bonita de se conhecer.
IBIÚNA, 40 ANOS
Vitrine online, editada pelo jornalista Carlos Rossini, num gesto de amor e respeito por Ibiúna, convidou o jornalista Antoninho Rossini para relembrar histórias que O Correio Regional contou há quarenta anos. Os ibiunenses mais antigos vão reconhecer os fatos narrados e os mais jovens terão a oportunidade de saber coisas do passado de sua cidade.
Antoninho iniciou sua carreira como repórter nos anos 1960, trabalhando para diversos jornais e emissoras de rádio em São Paulo e no Grupo Bandeirantes. Foi um dos primeiros repórteres a cobrir a guerrilha na serra do Caparaó, entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santos e os conflitos sociais durante o movimento político de 1964. É especialista em publicações de marketing e propaganda, autor do livro Além dos Rios – Aventura e espiritualidade de Aladir, o navegador solitário, um retrato do que acontece na região da Amazônia, lançado pela Editora Tag&Line, da qual é diretor.