FEBRE AMARELA – VIGILÂNCIA DE IBIÚNA DEVE APLICAR 5.000 VACINAS EM CATORZE POSTOS DE SAÚDE NESTA SEXTA-FEIRA

Setenta e cinco profissionais da saúde e auxiliares vão compor nesta sexta-feira (12) as equipes de vacinação contra a febre amarela em catorze postos de saúde no município de Ibiúna. Inicialmente, eram treze postos, mas foi incluído o posto de saúde do Recreio, que será inaugurado amanhã.

A vacinação será ministrada das 9 às 15 horas nos bairros do Recreio, Campo Verde, Capim Azedo, Carmo Messias, Cupim, Gabriel, Lageadinho, Morro Grande, Paiol Pequeno, Paruru, Piaí, Pintos, Ressaca, Vargem do Salto e Verava.

Independentemente dessa ação, é oportuno esclarecer que o Posto de Saúde Central, na avenida São Sebastião, prossegue, das 8 às 16 horas, seu trabalho de vacinação de 500 doses diárias (300 para adultos e 200 para crianças) fornecidas pelo setor de imunização da Vigilância Epidemiológica de Sorocaba, órgão da Secretaria Estadual da Saúde.

SEM PÂNICO

A diretora de Vigilância Epidemiológica de Ibiúna, Elisângela Cardoso Pires, informou hoje à vitrine online que a população ibiunense não deve entrar em pânico por causa das informações que recebem de fontes desautorizadas sobre a febre amarela e que o serviço de vacinação prosseguirá até que toda a população esteja protegida.

A diretora lembrou que em 2010 houve uma campanha de vacinação contra a febre amarela em Ibiúna que deve ter imunizado 70% da população, mas devido a problemas como esquecimento ou perdas de carteiras de vacinação uma grande quantidade de munícipes está procurando nossos serviços, sem que houvesse de fato necessidade de nova vacinação.

Outro fato assinalado por ela se relaciona com os moradores na cidade [área urbana do município], que podem ficar atentos, mas não desesperar, pois “não há foco de mosquitos aqui”. “O mosquito está no mato, nas áreas silvestres em que coexistem mata e água. O mosquito está na mata e é a população rural que é preciso proteger de modo prioritário e será aí que vamos concentrar nossa atuação doravante.”

MONITORAMENTO

Elisângela assinalou que o município de Ibiúna está sendo monitorado por profissionais da Vigilância Epidemiológica de Sorocaba, Superintendência de Controle de Endemias – Sucen [que recomendou a vacinação], ambos órgão da Secretaria Estadual da Saúde e da Vigilância Epidemiológica de Ibiúna.

Tão logo surgiu o primeiro alerta [um macaco morto no bairro de Dois Córregos, com resultado positivo para febre amarela], a equipe se deslocou para lá, avaliou o ambiente e vacinou a comunidade local; o mesmo aconteceu no bairro Areia Vermelha, onde um macaco também apareceu morto devido à febre amarela. Ambas as situações estão sob controle.

A diretora lamentou que, por maldade ou desinformação, pessoas estão matando os primatas [macacos] por meio de espancamento, envenenamento, tiro, como se essa pudesse ser uma forma de acabar com o risco de contrair a doença. Dos setenta macacos mortos, apenas dois estavam infectados.

Pelo contrário, os macacos são vítimas do mosquito, este sim transmissor da doença, ao mesmo tempo em que na verdade “nos protegem, ao sinalizar os caminhos seguidos pela febre amarela” e “não devem ser mortos de modo algum”.

Caso alguém encontre um macaco morto, deve acionar o Centro de Controle de Zoonoses [15 – 3294-1138] que recolherá o animal, retirará uma amostra que enviará para análise para saber se foi vítima de febre amarela ou não.

ORIENTAÇAO CORRETA

Através do telefone (15) 3241-2601 ou diretamente, em seu escritório localizado Shopping Ibiúna, na avenida São Sebastião, os cidadãos podem obter as informações de que necessitam junto à Vigilância Epidemiológica de Ibiúna, para orientar seus procedimentos de modo correto, científico e com base em dados reais.

Na verdade, esse pormenor é oportuno, uma vez que, há grupos, nas redes sociais, que acabam disseminando informações desnecessariamente alarmantes e que acabam contribuindo para que haja um clima de insegurança e desconfiança no meio da população mais influenciável. (C.R.)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *