PANDEMIA – EM MEIO A ABSURDOS POLÍTICOS, ALMA DOS BRASILEIROS CHORA POR MILHARES DE MORTES

Sabe-se com fundamentação científica e recomendação da Organização Mundial da Saúde e de médicos especialistas de todo o mundo e do Brasil que o uso de máscaras definitivamente é um dos instrumentos para impedir a contaminação, juntamente com hábitos de distanciamento social, lavar as mãos constantemente com sabão e higienização das mãos com álcool em gel.

Somente o uso de máscaras – segundo pesquisas médicas – já teria evitado muitos milhares de mortes. Mesmo assim, o presidente da República insiste em negar e pregar, por meio de palavras e de atitudes explícitas, exatamente o contrário, quando a pandemia atinge números estratosféricos de mortes cruéis e impiedosas.

Nem mesmo há espaços nos cemitérios e caixões para acolherem com o mínimo de dignidade familiar e espiritual os corpos das vítimas.

O comportamento de Bolsonaro é reprovado em todo o planeta e ele, mesmo assim, age como se não fosse capaz de perceber suas obrigações presidenciais como chefe da Nação em defesa da população.

Seus seguidores e apoiadores que estão infinitamente longe de formar a maioria da nação de 210 milhões de habitantes parecem estar sob o efeito de um transe que os impede de enxergar à luz solar as milhares de vidas que se vão todos os dias, enquanto persiste a falta de planejamento e mesmo de quantidade de vacinas para baixar as curvas de contaminações.

Quando a única guerra a ser declarada devia ser contra o famigerado e fatal vírus, por meio de uma liderança do Poder Executivo federal em conjunto com os governadores e prefeitos brasileiros, se assiste ao teatro de horror, como se as vidas perdidas não tivessem nenhum valor. Maldade pura!

A questão que se apresenta no subsolo dos acontecimentos parece acirrar um estúpido confronto entre “nacionalistas” e “esquerdistas”, alguns extremamente radicais, mas a hora pede que todos se unam por uma causa comum: salvar e proteger vidas.

Se algum asteroide ameaçar colidir com a Terra, por enquanto estão passando a milhões de quilômetros de distância e, portanto, longe de nós como alvo, podem crer tudo seria diferente, pois todos os seres humanos, biliardários ou miseráveis, reis, chefes de governo, viveriam a experiência única na existência de se sentirem comuns e iguais.

E nem poderíamos contar com o Super-homem para afastar a ameaça com seus superpoderes, porque faz tempo que ele já não aparece mais nas telas de cinemas e também porque os próprios mandatários e notáveis da economia talvez nem sequer imaginam se tornarem heróis e é exatamente por isso que nem nos lembramos que eles existam. Ou será que a história, de repente, possa nos surpreender? (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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