IBIÚNA – JÚRI POPULAR JULGA NO DIA 25 CASO DO PM MORTO EM 2014; CRIME TEVE REPERCUSSÃO NACIONAL
“É sublime! Não consigo descrever meus sentimentos quando atuo no Tribunal do Júri. É no altar do povo que o direito toma corpo, transpira, exala odor, pulsa, vive.” Estas palavras foram divulgadas na página do Facebook do advogado criminalista ibiunense, Neto Atui, hoje (10).
Ele já atuou em plenário de julgamento 27 vezes e descreve o Tribunal do Júri, que julga os crimes dolosos contra a vida, como o “verdadeiro espaço de defesa da sociedade”. E pontifica que “dentro de minhas prioridades se encontram, em primeiro lugar, meus filhos; em segundo, minha esposa; em terceiro o Tribunal do Júri e, em quarto lugar, o oxigênio”.
No próximo dia 25, às 10 horas, estará perante o Tribunal do Júri da Comarca de Ibiúna, em sessão a ser presidida pela juíza Paula da Rocha e Silva Formoso, para atuar no caso mais rumoroso que tomou para si até agora: a morte do policial militar Everaldo Fernando de Moura [36 anos, na época] ocorrida no dia 4 de maio de 2014.
Esse caso teve repercussão nacional, divulgado pelos programas “Cidade Alerta” [TV Rercord] e “Brasil Urgente” [TV Bandeirantes]. Neto Atui, nomeado pela Defensoria Pública, atuará na defesa de Diego Mendes Reis, acusado de homicídio qualificado, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma. Ele esfaqueou e deu um tiro na cabeça do PM, usando a própria arma do policial. O advogado Valdionor Plácido Vieira da Silva, que representa a família da vítima fatal, atuará na acusação.
O plenário do Fórum de Ibiúna deverá lotar no dia 25, sobretudo pela presença de estudantes, estagiários de direito, advogados e jornalistas.
O CRIME
O portal R7.com revela que o crime foi cometido porque Diego, na ocasião com 23 anos, teria ouvido gritos de sua irmã, uma adolescente de 14 anos, que estaria sendo violentada pelo PM Everaldo em um dos quarto de sua casa localizada no loteamento São Marcos 2, no bairro Rio de Una de Baixo, cerca de dez quilômetros do centro de Ibiúna.
Na verdade, os três estavam reunidos em torno de um churrasco na casa de Diego [eram vizinhos], quando o policial e a adolescente teriam trocados olhares e depois ido para o interior da casa. Ao ouvir a voz queixosa da irmã, Diego se armou de uma faca, teria pedido que Everaldo abrisse a porta. Quando a porta foi forçada e aberta, Diego arremeteu contra Everaldo esfaqueando-o. O policial reagiu, mas perdeu a força. A adolescente fugiu do quarto. Diego pegou a arma do policial que se encontrava em cima de um móvel e disparou um tiro na cabeça do policial. No dia seguinte, foi preso tendo ainda a posse da arma.