CÂMARA APROVA PROJETO QUE CRIA INCENTIVO PARA O PRIMEIRO EMPREGO

A Câmara Municipal aprovou na sessão da última terça-feira (19), por treze votos a um, o projeto de lei de autoria do presidente da Casa, vereador Carlos Roberto Marques Júnior (PT), que garante dez por cento das vagas para o primeiro emprego, nas empresas que receberem isenções e incentivos para se instalar no município. A medida cria oportunidade de trabalho aos jovens de até vinte e dois anos, sem carteira assinada.

Projeto simples, de aprovação certa, já que, aparentemente, responde a um desejo geral da juventude ibiunense de ter a primeira oportunidade de trabalho, recebeu um sonoro e destoante não do vereador petebista Paulo Sasaki. Um não que reverberou no plenário e que pode indicar uma forte postura de descontentamento político. No início do ano, Sasaki, vereador mais votado nas últimas eleições, esperava ser guindado naturalmente à presidência da Câmara e, agora, se mostra desconfortável com os pedidos de emergência para apreciação de projetos oriundos do Executivo.

No panorama geral, as atividades do Legislativo prosseguem de acordo com os protocolos habituais, com a apresentação de inúmeras indicações, em geral pedidos ou reclamações das condições das estradas, instalação de lombadas, entre outros. As sessões têm sido relativamente mornas, sem nenhuma ebulição digna de nota. Tudo ainda está no começo, o governo, as atividades parlamentares, para não dizer que os próprios vereadores (dos quinze, onze são marinheiros de primeira viagem) estão tateando as peculiaridades e aprendendo as manhas da política parlamentar.

Na semana anterior, foram aprovados os primeiros dois projetos apresentados na atual legislatura, de autoria da vereadora Aline Borges Alves de Moraes (DEM). Um deles cria o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e, o outro, procedimento de notificação compulsória da violência contra a mulher.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.