PARABÉNS, IBIÚNA – A REVISTA VITRINE ONLINE SALTA DE 100.000 PARA 1.933.147 ACESSOS…

carlos rossiniNo dia 26 de março de 2014, a revista vitrine online atingia – e comemorava – 100.000 acessos, nos lembra o Facebook. Na época, agradecemos aos leitores de Ibiúna, da Região e do mundo, e renovamos nosso compromisso de buscar aprimorar ainda mais nosso trabalho. Exatamente hoje, 26 de março de 2017, atingimos – logo que terminar essa frase esse número já terá mudado – 1.933.147 acessos exatamente às 11h09, de acordo com o controle automático realizado pela WordPress, a plataforma da revista.

Quem nos acompanha pode certificar isso, pois buscamos, dentro de nossas possibilidades, a verdade dos fatos incansavelmente, em respeito ao público, utilizando as melhores práticas do jornalismo profissional. Traduzindo: nada publicamos sem apurar junto às fontes as informações que devem constituir a anatomia de uma notícia.

Com esse propósito enfrentamos mais dificuldades porque os protagonistas dos fatos nem sempre querem ver publicado o que não os agrada ou é contrário aos seus interesses. É preciso saber manejar bem o uso das palavras para compor uma descrição, narrativa ou dissertação, sem provocar a ira de deuses inferiores, mas não abrimos mão de exercer nossa função com responsabilidade ética. Não se pode publicar o que não existe ou não existiu.

Nesse breve período de tempo, o maior fenômeno no plano da comunicação foi a explosão da comunicação digital que, na prática, transformou qualquer cidadão em “repórter”, sem que esteja habilitado para isso. Postagens de mensagens, com ou sem ilustração, transmissão ao vivo dos acontecimentos, o mundo realmente se transformou numa “aldeia global”. Tudo isso seria maravilhoso se um grande número de pessoas não fizesse um péssimo, desrespeitoso e inconsequente uso de um meio de comunicação genial, que nos permite contatar uns aos outros instantaneamente. E nem estamos mencionando a precaríssima forma escrita utilizada que faz chorar Camões.

Esse processo ainda é historicamente novo e como a tecnologia lança novidades a cada dia, nossa vida tem se tornado cada vez mais virtual, com baixa qualidade expressiva e informacional. Há na whatsappmania e na facebookmania uma função quase religiosa ou de divã. Ambos se tornaram válvula de escape para toda a forma de problemas, desabafos, denúncias, pedidos de ajuda. Hoje não há pessoa capaz de suportar a carga maciça de vídeos postados, mostrando como a vida é fantástica e os fatos muitas vezes inacreditáveis, até mesmo nas atitudes que se escondem sob o nome de fake (falso).

Num cotejo singelo entre a atividade jornalística profissional e as brevíssimas postagens sobre casos da vida real (uma perseguição policial em que um ladrão de carro é ferido e preso) pode-se observar que, na realidade, sabe-se muito pouco ou de forma distorcida ou incompleta do fato em si. Não responde a um questionário que todo bom jornalista deve responder: o que, quem, quando, onde, como, por quê?

É oportuno ressalvar que há profissionais de imprensa muito apressados e superficiais em relação às buscas necessárias a fim de apurar ao máximo a verdade, pois é fácil demais escrever e publicar. Antes dizíamos que o papel aceita tudo, agora devemos dizer também que a tela do notebook também aceita tudo. Infelizmente isso acontece bem perto de nós e com uma frequência lamentável.

Bem, vamos em frente e tomara que esse vertiginoso fluxo de informações jamais havido na história da humanidade possa nos engolir como um buraco negro e nos fazer renascer com novos conhecimentos libertadores, capazes de restaurar a nossa humanidade perdida e inaugurar um novo e verdadeiro modo de convivência. (Carlos Rossini, editor de vitrine online)

 

 

 

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *