“BALEIA AZUL” – PAIS E FILHOS, UNI-VOS, JÁ! ESSE JOGO É PERIGOSO E MORTAL
“Quem tiver com vontade de entrar no Baleia Azul, não faça isso. Só vai te causar coisas ruins. Em vez de parar sua tristeza, só vai aumentar. E vai acumular, e vai acumular… E quando você vê, já vai estar vazio por dentro e por fora. Apostem numa coisa que você gosta. Talvez numa música de que você gosta. Talvez você se sinta melhor. Porque eu sei o quanto dói, mas não vai ser um jogo que vai te fazer parar de sentir dor. E nem a morte.”
Esse depoimento é atribuído a uma adolescente de 15 anos, do Rio de Janeiro. Ela entrou no jogo e foi salva pela mãe. Resolveu advertir outros jovens e adolescentes do perigo real que, ao seguir os ordenamentos de um “curador”, a partir do seu ingresso no grupo de relacionamento praticamente assume um perverso comando mental de jovens inexperientes no manejo da maldade.
O Jogo da Baleia Azul refere-se a uma rede social russa ligada ao aumento de suicídios de adolescentes. O “jogo” envolve 50 tarefas que os jogadores devem cumprir, algumas das quais envolvem automutilação. A última tarefa é o suicídio, por meio de diversas formas ditadas pelo “curador” (administrador) do jogo. ]
Há fotos postadas no Brasil revelando feridas autoinfligidas compartilhadas em redes sociais, juntamente com as hashtags do jogo. Em várias localidadas as autoridades policiais estão investigando se há relação direta entre o jogo e o suicídios de adolescentes. O requinte dos criminosos por trás desses fatos chega ao ponto de ser imposto ao seguidor, ao chegar no último estágio das tarefas, ter que escrever uma carta de despedida da mãe e incluir a foto de uma baleia azul.
O termo “Baleia Azul” foi inspirado ao fenômeno de baleias encalhadas, comparado ao suicídio. O jogo atiçou alguns teóricos da conspiração, que afirmam que é uma campanha organizada dirigida por ucranianos, fato que precisa ser investigado.
Em março de 2017, as autoridades da Rússia estavam investigando 130 casos de suicídio supostamente relacionados ao jogo. Em março de 2017, a ministra de Assuntos Internos da Romênia, Carmen Dan, expressou sua profunda preocupação em relação ao fenômeno. A Prefeita de Bucareste, Romênia, Gabriela Firea, descreveu o jogo como “extremamente perigoso”.
PAIS E FILHOS, UNÍ-VOS, JÁ!
A crueldade desse fenômeno tem um lado que precisa urgentemente ser levado em conta pela sociedade: pais e filhos precisam se unir, por meio do diálogo, do carinho, do respeito, coisas que frequentemente faltam no interior das famílias atribuladas e hipnotizadas pelas questões da sobrevivência econômica imediata.
A estúpida correria do dia a dia e a valorização exagerada de fatos de natureza material parecem estar agindo para secar a alma ou a mente das pessoas, ao desumanizarem as relações humanas que ajudam o fortalecimento e confiança das pessoas, não importam as duas idades.
Viciadas no agir automático e para o lado exterior do viver, os seres humanos esqueceram que, na realidade, vivem dentro de um corpo e de uma mente que sente fome de realizações afetivas, amorosas. É nas relações entre si que as pessoas confirmam sua presença no mundo e ajudam suas realizações pessoais.
Pais, mães, sociedade, os jovens estão pedindo socorro, por meio de uma forma muito triste de expressão, típica de quem está alienado, ou, mais precisamente, apartado de si mesmos. Os jovens querem ser felizes, mas estão tristes. Por isso, acabam se isolando na solidão com a qual dificilmente sabem lidar. (Carlos Rossini)