SANTO PROTETOR – IMAGEM DE SÃO SEBASTIÃO É RECEBIDA POR MILHARES DE PESSOAS NO CENTRO DE IBIÚNA

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Fé e esperança se complementam como sentimentos que inspiram confiança, por meio de crenças firmes e incondicionais em Deus ou em outras figuras representacionais do mundo sagrado. A fé faz parte da vida humana que cria e alimenta uma força capaz de curar doenças físicas ou consolar os seres humanos diante das adversidades.

São Sebastião, o mártir do cristianismo, é protetor de Ibiúna por historicamente ter protegido sua população da gripe Espanhola que dizimou milhões de pessoas pelo mundo não provocando nenhuma vítima no município. Foi escolhido por um ato de fé em promessa feita por uma senhora proprietária das terras onde se encontra sua capela no bairro do Pocinho, no Sertão, a trinta quilômetros de distância do centro da cidade.

A imagem chega, parece flutuar, efeito noturno do andor iluminado, que a cada ano é preparado sempre com carinho e criatividade pelos irmãos Antonio Carlos Vieira Ruivo e Luiz Francisco Vieira Ruivo, ambos professores de arte.

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Pois todos os anos, no mês de maio, São Sebastião é reverenciado em gratidão por uma festa que dura todo o mês e cujo ponto central é a chegada da imagem do santo à cidade, trazida por romeiros numa tradição que é repetida por gerações. Este ano a imagem do protetor foi recebido na entrada da avenida São Sebastião pela 98ª vez no dia 27, por volta das 18 horas. Ali aguardava uma multidão em torno de um coreto que abrigava autoridades municipais, sacerdotes, festeirinhos, a banda do Regimento 9 de Julho da Polícia Militar.

Um momento de forte emoção. O povo aplaude, dá “vivas”,  faz orações, enquanto explodem fogos, numa recepção marcada pela alegria, um acolhimento que reforça a luminosidade que os seres têm dentro de si e que se manifesta num encontro simbólico com seu protetor. Ouvem-se sirenes, fogos, buzinaço, e a voz de saudação, feita pelo prefeito João Mello,  ecoa pelos altos falantes. Ao seu lado a primeira-dama Líria Mello, os deputados Vitor Lippi (federal) e Márcio Camargo (estadual), vereadores, secretários do governo municipal.

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Enquanto isso os romeiros vão chegando: carros, ciclistas, charreteiros, boiadeiros, muleiros, cavaleiros, muitos cavaleiros, cerca de mil e seiscentos, gente de todas as idades, incluindo crianças junto com seus pais. Charretes decoradas, uma diversidade de cavalos, igualmente, adornados para fazer bonito, desfilando com elegância para o povo ver e aplaudir.

A caravana inicia sua jornada em direção à praça da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores. A multidão se encontra ao longo de toda a extensão da avenida São Sebastião e rua XV de Novembro. Na praça, um palco já decorado para a missa. A tropa demora cerca de duas horas para passar diante dos olhares do povo. Logo se vê a Banda Lyra Unense, veterana e sempre presente nos acontecimentos da cidade. Quando a imagem se aproxima, os sinos da igreja matriz começam a repicar, misturando aos sons dos altos falantes do palco transformado em altar, músicas religiosas e palavras de louvor e mais “vivas”.

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A missa foi celebrada pelo monsenhor Claudemir José dos Santos, vigário-geral da Diocese de Osasco, tendo ao lado os padres Antonio Carlos, Daniel Rodrigues, Severino Ferreira da Silva, Benedito Cesário, Pedro Lopes e seminarista Henrique Santos.

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prefeito

Na praça o clima de festa é reforçado pela quermesse com várias barracas e uma variedade de alimentos, brinquedos, lembranças, bijuterias artesanais, balões coloridos, um drone que vai e vem em velocidade, filmando a multidão do alto e muitos sorrisos marcando encontros de amigos, parentes, conhecidos, turistas.

No domingo (28), às 10 horas, houve missa dos festeirinhos e às 18 horas, procissão do Divino Espírito Santo, após missa na praça da Matriz. Nesta segunda-feira (29), às 18 horas haverá procissão de São Sebastião e do Divino Espírito Santo, com o padre Antonio Maria. Na terça-feira, às 7 horas, missa da despedida da imagem de São Sebastião, que deverá chegar no santuário do Sertão às 17 horas, quando haverá missa de chegada do santo, encerrando o ciclo de comemoração do ano de 2017.

GALERIA

BANDEIRAS

DIVINO

CAVALOS

banda

bicicleta

multidão

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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