IBIÚNA – ASSALTO A BANCOS E JOALHERIA NO DIA 8 DEIXARAM ALGUNS DANOS IRREPARÁVEIS

A violência provocada pelos bandidos que assaltaram duas agências bancárias e uma joalheria na cidade de Ibiúna na madrugada [por volta das 2h50] de 8 de agosto deixou marcas e alguns danos irreparáveis. Um deles, pelo montante total do prejuízo, desativou uma bonita loja que funcionava no Shopping.

Vitrine online apurou que a carga de explosivos utilizadas nas agências do Banco Itaú e Santander, situados lado a lado na rua XV Novembro, foi tão forte que parte das cédulas que se encontravam nos caixas automáticos se queimaram.

Talvez tenham carregado um montante menos expressivo do que teriam imaginado por conta exatamente das explosões e a intensidade do calor liberado por elas.

O procedimento utilizado pelos assaltantes visava intimidar quem quer que fosse nas proximidades onde estavam atuando. O posto Shell (Folena) localizado em frente ao Supermercado São Roque, no final da rua XV de Novembro, ficou salpicado pelas esferas de chumbo disparadas de uma espingarda calibre l2 (escopeta).

No interior do Shopping localizado na avenida São Sebastião usaram o mesmo procedimento. As marcas dos disparos de escopeta fragmentaram vidros e perfuraram balcões. “Eles chegaram atirando”, disse uma fonte para vitrine online.

O motorista de um caminhão de verduras que passava na rua XV de Novembro na hora do assalto foi enquadrado pelos assaltantes que teriam disparado também contra seu veículo e o fizeram ficar deitado debaixo do caminhão.

Diversas pessoas moradoras no centro de Ibiúna disseram que as explosões e os disparos de armas aparentando metralhadoras e escopetas provocou um susto e temor generalizado em toda a região. Entre os comentários no momento do assalto [como houve outros também violentos no Banco do Brasil e Caixa Econômica nos anos 2014 e 2016] um deles era exatamente esse: “Devem estar assaltando banco”. Alguns ficaram muito assustados.

Como das vezes anteriores não houve confronto entre assaltantes e forças policiais, o que é considerado um acontecimento muito perigoso por parte de munícipes. Quando a polícia chegou ao local, os assaltantes já tinham desaparecido, embora tenha havido buscas pela região. Nenhum deles foi localizado, como ocorreu nos assaltos anteriores.

As agências do Banco Itaú e do Santander estão cercadas por tapumes. O Itaú fixou um comunicado com os seguintes dizeres: “Atenção. Esta agência está temporariamente inoperante, dirija-se à agência mais próxima – Ag. 6554 – Piedade SP, rua Com. Parada, 137, das 11 às 16h”. No tapume do Santander não havia aviso dessa natureza.

Num levantamento feito em seus arquivos, vitrine online constatou que agências bancárias em Ibiúna foram assaltadas de dois em dois anos: 2014 – 2016 e 2018. Em 2016, o estrago feito na agência da Caixa Federal foi tão grande que o banco resolveu adquirir novos caixas eletrônicos com blindagem especial. Na ocasião, eram vistas alguns notas espalhadas pelo chão manchadas de tinta vermelha [uma forma utilizada para invalidar as cédulas].

O impacto emocional causado por esses atos ficam refletindo no pensamento das pessoas e provocando comentários da falta de segurança e a facilidade com que os assaltantes chegam e provocam seus atos, que, infelizmente, tem acontecido em muitas outras cidades do interior paulista e do Brasil, cometidos pelo chamado crime organizado. Para assaltar agências bancárias, os bandidos supostamente fazem um meticuloso estudo para orientar suas atitudes, incluindo rotas de fuga e tempo da ação. No último assalto, estima-se que ocorreu durante cerca de vinte e cinco minutos.

A Delegacia de Polícia de Ibiúna informou vitrine online que nesse tipo de crime ela faz o boletim de ocorrência. Em seguida o encaminha para a Delegacia de Investigações Gerais de Sorocaba – DIG, em conjunto com a Delegacia de Roubo a Bancos do DEIC, entidade responsável pela investigação.

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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