VIOLÊNCIA ATINGE 70% DOS MÉDICOS QUE ATUAM NO ESTADO DE SÃO PAULO
Sete em cada dez médicos que trabalham no Estado de São Paulo já sofreram algum tipo de violência [agressão verbal, ataque físico e truculência psicológica] por parte de usuários ou parentes, de acordo com dados da Associação Paulista de Medicina – APM divulgados hoje (11).
Esses atos agressivos ocorrem em hospitais públicos (41,46%), em postos de saúde (29,41%), em hospitais privados (22,41%) e em consultórios particulares (6,72%).
As agressões verbais respondem por 70% dos casos, seguidas de ataques físicos (15,69%) e truculência verbal (12,89%).
Esses dados são não apenas assustadores mas, segundo o Dr. Marun David Cury, diretor da APM, refletem a situação da saúde no Brasil. Ele afirma:
“Há um caos na saúde brasileira e os usuários dos serviços médicos têm dificuldade de acesso muito grande nos pronto-socorro e prontos-atendimento lotados. Eles [os usuários] pegam o primeiro que veem pela frente, a atendente na recepção e os médicos que, às vezes, num plantão de 12 horas têm de atender 100 a 120 pessoas.”
“O usuários, onde ocorrem esses episódios, não encontram o vereador, o governador, o ministro da Saúde, o secretário da Saúde. Os médicos representas o sistema de saúde e acabam pagando o pato, por todo esse descontentamento de toda a sociedade em relação à saúde do país”, acrescentou o diretor da APM.