HOMEM DE 61 ANOS DOPA E ESTUPRA MENINA DE 14 ANOS EM IBIÚNA

O crime aconteceu na manhã da quarta-feira (24) em uma casa localizada no bairro do Campo Verde. Na hora, chovia muito e a menina se encontrava só, o pai havia saído para trabalhar. Segundo informações prestadas a vitrine online hoje (27) por familiar da vítima, estuprador permaneceu dentro da residência cerca de duas horas.

Acionada às 15h30, três policiais militares – sgt Lidyane, cabo Lair e soldado Renan – vasculharam os arredores, depois de serem informados sobre as características do criminoso, e o prenderam. Na Delegacia de Polícia, a menina, ainda abalada, o reconheceu, e narrou sua versão dos fatos. Miguel disse que estava trabalhando na roça na hora da ocorrência. A casa onde morava foi incendiada por moradores da localidade revoltados contra o criminoso.

O suspeito do estupro é o aposentado Miguel Rodrigues Marques, 61, que se mudou há cerca de dois anos de Itapevi para Ibiúna. Ainda de acordo com o familiar da vítima, ele morava sozinho em uma casa próxima à da menina e tocava uma pequena roça. A polícia deve apurar se Miguel já tinha cometido outros estupros, em Itapevi.

COMO ACONTECEU

Chovia no momento em que o homem entrou na casa pulando a janela, munido de um facão. Segundo a menina, ele estava com uma máscara cor preta e amarela e uma corda. Rendeu a menina, sob ameaça, e a fez entrar no quarto. Em seguida a forçou a tomar um líquido que a teria dopado. Ela disse que se sentiu tonta e enfraquecida. Em seguida, ele mandou que tirasse a roupa e a amarrou com a corda, tirou a própria roupa e a estuprou mais de uma vez.

No fim, ele mandou que ela fosse tomar banho. Quando ela retornou, ele havia deixado a casa. Nesse momento, a menina enviou uma mensagem via zapp pedindo que a tia fosse até sua casa, mas não revelou o que havia acontecido. A tia percebeu que ela estava chorando. Aí a Policia Militar foi chamada se deslocando imediatamente para o local.

A menina foi levada para o Hospital Municipal de Ibiúna onde recebeu os primeiros socorros. Depois foi encaminhada para o IML de Sorocaba para exame de corpo de delito. Tomou um coquetel contra doenças sexualmente transmissíveis, mas vomitou e teve que voltar no dia seguida para ingerir o mesmo medicamento. Até hoje, sexta-feira (27), a menina passa mal, não consegue se alimentar e aparenta estar fortemente traumatizada. Seus familiares chamam o estuprador de “monstro”.

Um parente da menina considera que o estuprador planejou o seu ato. Para evitar que seus calçados marcassem o barro, os envolveu com sacos plásticos. Lavou e guardou no mesmo lugar o copo que utilizou para dopar a menina.

VIOLÊNCIA

No dia 22, segunda-feira, o Instituto da Paz, em conjunto com o jornal O Estado de S. Paulo, publicava resultado de pesquisa em que o município de Ibiúna era apontado como a cidade do interior com maior risco de estupro. Ibiúna, no mesmo estudo, reproduzido pelo Jornal do Povo, também figura, mais uma vez, entre os três primeiros mais expostos à violência no Estado de S. Paulo, estando apenas abaixo de Lorena e Itanhaém.

Um familiar da menina faz um alerta à população de Ibiúna para que fique atenta, quando perceber que alguém se mudou para o município. Que observem o comportamento dos novos moradores e procurem a polícia, caso suspeitem de algum tipo de perigo. Prevenir ainda é o melhor remédio.

Nota da Redação: crimes dessa natureza, hediondos e covardes, são cometidos por bestas feras, pessoas dominadas por sua animalidade perversa, como aconteceu em São Roque, recentemente, quando um pai liberado pela Justiça da cadeia, abusou e matou a própria filha. Em Ibiúna, no bairro do Cupim, há alguns meses um pai estuprou com extrema crueldade a filha de oito anos e incendiou a casa, pretextando que a mulher o havia deixado.

Nesta mesma semana, em Ibiúna houve um homicídio nas proximidades do bairro do Curral e roubo de um trator em um sítio. A família foi rendida por cinco bandidos armados, mas, felizmente, a Polícia Militar prendeu dois deles e recuperou o trator que foi devolvido aos proprietários nesta sexta-feira (26). (C.R.)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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