ELAS MANTÊM A VIDA NO PLANETA – CAUSA DA MORTE DE MILHÕES DE ABELHAS EM IBIÚNA AINDA É DESCONHECIDA

A causa da morte de milhões de abelhas observada por apicultores no bairro de Piratuba, a partir da manhã do último dia 12, e noticiada com exclusividade por vitrine online, continua desconhecida.

A revista apurou que no dia 17 a pesquisadora ecotoxicológica Larissa Galdezani, encaminhada pela Colmeia Viva, especializada no setor, visitou o local e encaminhou um relatório para Luciane Massumi Nakaoka, veterinária da Secretaria Municipal da Agricultura.

O próximo passo seria a realização de exame toxicológico no laboratório Eurofins Agrosciences Services Ltda., para finalmente se descobrir a causa da mortandade.

SUA VIDA DEPENDE DAS ABELHAS

Estudos científicos internacionais garantem que a vida das abelhas é crucial para o planeta e para o equilíbrio dos ecossistemas, já que, na busca do pólen, sua refeição, estes insetos polinizam plantações de frutas, legumes e grãos.

A polinização é indispensável, pois é por meio dela que cerca de 80% das plantas se reproduzem.

Albert Einstein, que elaborou a teoria da relatividade, advertiu no passado que “se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana.”

Assim, as abelhas afetam a nossa vida diária sem que nós nos apercebamos desse fato decisivo. Aproximadamente dois terços dos alimentos que ingerimos são produzidos com a ajuda da polinização das abelhas.

Estudos revelam que no mundo todo as abelhas são responsáveis por 87% do que se produz na natureza. Outros animais como borboletas, beija-flores, vespas, moscas e morcegos, etc., contribuem com 13% da polinização. Todos são imprescindíveis para o equilíbrio do ecossistema.

A espécie das abelhas mortas em Ibiúna tem o nome científico de Apis Mellifera, também conhecida como abelha-europeia. O apicultor João Adão Moreira Leal, 58, que denunciou o fato por meio da vitrine online calcula que tenham morrido mais de 10 milhões de abelhas em suas colmeias e na natureza e dezenas de rainhas.

A VIDA SOCIAL DAS ABELHAS

A vida social das abelhas apresenta características no mínimo curiosas. Um enxame pode ter 80.000 a 100.000 espécimes. A abelha-rainha é a mãe de todas as abelhas, pois é a única reprodutora da colmeia, coberta por centenas de machos (zangões), que não possuem ferrão e milhares de operárias, responsável pela coleta de néctar e o pólen das flores, constroem, limpam e defendem a colmeia e produzem a cera que formam a estrutura dos favos. Todas elas são estéreis e vivem entre 28 e 48 dias, enquanto a rainha pode viver até 5 anos.

Quando uma rainha está para morrer, as operárias escolhem entre as larvas mais fortes para ser uma nova rainha, e esta, por sua vez, começa a ser alimentada de uma forma especial com geleia real, para fortalecer seu aparelho reprodutivo.

A função dos zangões, que não produzem mel, é fecundar a rainha.

Quando duas ou mais rainhas nascem ao mesmo tempo, elas lutam entre si até que sobre apenas uma na colmeia.

 

 

 

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *