RELATO DE UMA JOVEM IBIUNENSE SOBRE A SITUAÇÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO

P.C., 18, moradora do bairro do Lageado, enviou seguinte relato sobre os problemas que vem enfrentando com o transporte público em Ibiúna. Aparentemente, não se trata de um caso isolado, pois, de fato, vitrine online recebe muitas queixas de munícipes. 

“Para que servem as tabelas de horário, se os motoristas não cumprem o horário e os fiscais não mandam em nada? Está um absurdo esse transporte da nossa cidade. Além de estarmos pagando um preço da passagem injusto, os ônibus são sucatas, com portas quebradas, janelas e bancos sem almofadas.

Esta semana (passada) está acontecendo uma situação muito chata comigo. O motorista que faz a linha do Lageado e Vargem não quer fazer o Lageado porque não tem aluno na escola, ou seja, nesse período de férias escolar ele não vai subir, e como eu que estou fazendo curso e outras pessoas ficam?  

Todos os dias não tem outro meio que eu possa usar até minha residência, e como uma moça vai à noite sozinha embora? Com toda essa violência? Sinceramente, não tenho psicológico. Cadê os direitos iguais? Então quer dizer que para eles quem paga não precisa tanto do transporte? Independentemente, se tem aluno ou não, o horário deve ser cumprido; outras empresas cumpriam e já essa para começar nem nome não tem. Puro descaso em relação aos passageiros 

Essa semana toda subi a pé. Liguei para o responsável e ele afirmou que não ia subir por que não tinha aluno. Num esses dias subiu um senhor de idade que mal conseguia andar. Horário de 22h10 e já tiraram o 23h00 horas também, ou seja, a semana toda o último horário para o Lageado é 18h00, como nos domingos

Essa situação me causou muito transtorno não apenas para mim, mas também para outras pessoas que têm somente essa possibilidade de transporte. Entrei em contato com algumas autoridades, inclusive um vereador, a sinto que nada foi feito para resolver esse problema.”

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Nota da Redação: Apesar de a autora do relato ter mencionado diretamente os motoristas, é bom lembrar que, em princípio, eles seguem ordem de seus superiores. Mas, essa ressalva não exime de responder as autoridades da prefeitura às quais cabe a solução do problema.

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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