JOÃO MELLO ENALTECE SEU GOVERNO E ANÚNCIA QUE VAI PARA A REELEIÇÃO

Em entrevista hoje (9) a uma emissora de rádio de São Roque, o prefeito João Mello (PSD) qualificou de “bom” o seu governo e anunciou que, “sem dúvida”, vai disputar a reeleição em 2020.

Justificou sua decisão considerando que “sente que o cenário de pré-candidatos não tem sido republicano” e que sinaliza um quadro de “politicagem”.

“Não acho justo que a população deixe entrar um candidato populista que vai destruir tudo de bom que fizemos para o povo”, enfatizou.

Mais uma vez, com fez reiteradamente, declarou que pegou uma administração endividada [R$ 80 milhões] e desorganizada, que teve que devolver dinheiro aos governos estadual e federal por falta de contrapartida em projetos não implementados em obras públicas.

Avaliou que o atendimento no Hospital Municipal “ainda não é uma maravilha”, mas que está adotando providências para melhoria dos serviços.

Ao ser indagado pelo apresentador do programa que havia muitas queixas dos munícipes no atendimento hospitalar, o que vem refletindo na busca de muitos ibiunenses no atendimento médico principalmente na Santa Casa de São Roque, insistiu que “já houve uma melhoria”.

Argumentou que as principais queixas não são das pessoas atendidas em internação e que a maior número de insatisfações se deve a pessoas que “nem mesmo chegam ao Hospital” ou que acham muito a demora de uma hora e meia para serem atendidas.

Disse ter feito um imenso esforço nesses dois anos e meio do seu governo para equilibrar as finanças e reorganizar a administração municipal em silêncio, porque “um bom cabrito não berra”.

O prefeito se queixou que houve uma quebra de 64% na arrecadação do IPTU este ano, que atribuiu a ações de políticos oposicionistas que orientaram a população a não efetivar o pagamento por ser considerado abusivo neste ano. O chefe do Executivo disse que teve “a coragem” de fazer uma atualização que havia catorze anos não era feita.

Anunciou ainda que haverá melhoria na estrutura física do hospital e ampliará os serviços de atendimento de maior complexidade e, que, enfim, agora com as contas equilibradas, “as obras irão pipocar” citando, sem especificar quais sejam, 21 obras.

IBIÚNA OFICIAL X IBIÚNA REAL

Na entrevista, o atual prefeito revelou o cenário que está em sua mente, ou a visão oficial, que, no entanto, parece estar distante da realidade factual.

Os sérios problemas no atendimento hospitalar, assim como no serviço de especialidades, continuam motivando inúmeras queixas. Hoje mesmo, enquanto se encontrava no interior do Centro de Especialidades, munícipes se queixavam pelo mal atendimento no lado de fora.

Embora tenha acenado com a solução dos problemas com transporte coletivo e de escolares nos próximos dias, a situação real continua desastrosa como vitrine online noticiou ontem.

Da mesma forma, a coleta de lixo nas estradas municipais continua crítica como divulgamos e a população da Estrada da Cachoeira ainda espera que as obras de recapeamento num trecho de apenas 700 metros próximo ao residencial “Minha Casa, Minha Vida” sejam retomadas, já que continuam paralisadas. O serviço foi feito pela metade.

A dívida de R$ 9 milhões que diz ter herdado à empresa que contrata os médicos e profissionais da saúde para o Hospital Municipal, até as informações mais recentes continuava próxima a idêntico montante. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

 

 

 

  

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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