BOCA NO TROMBONE – PRESIDENTE DO CONSEG DE IBIÚNA PREVÊ “TEMPOS TERRÍVEIS” NO MUNICÍPIO

O engenheiro Marcelo Zambardino, 55, preside o Conselho Municipal de Segurança – Conseg há oito anos [leia abaixo] e é integrante do CONGEMPI – Conselho Gestor e Participativo do Município e da População de Ibiúna onde tem atuação notável e vem apresentando sucessivos comentários a respeito da situação do município de Ibiúna.

Há poucos dias, postou no grupo uma previsão sombria para a cidade. Segundo ele, o município “viverá tempos terríveis” decorrentes do choque que haverá entre a falta de estrutura urbana capaz de atender a forte demanda de crescimento populacional, que deverá ocorrer depois da conclusão da obra de duplicação da rodovia Bunjiro Nakao, prevista para meados de 2020.

“Há tempos, a cidade de Ibiúna vem tendo seu crescimento desacelerado e desorganizado, sem planejamento algum para receber o progresso”, afirma Zambardino à vitrine online.

“Após a duplicação da rodovia Bunjiro Nakao aumentará a demanda populacional do município e a cidade não está preparada para recebê-la. Se já tem sérios problemas de infraestrutura nos setores essenciais, imagine-se o que poderá ocorrer nos próximos anos!”

“Os conjuntos habitacionais já têm sérios problemas com o tráfico de drogas e não estão sendo implantadas políticas públicas para resolver essa grave questão” – assinala Zambardino, acrescentando:

“Os municípios ao redor de Ibiúna evoluem em qualidade de vida e nós estamos estagnados. O problema não é falta de dinheiro. Os recursos públicos são mal gastos sem a devida responsabilidade. As receitas aumentam ano a ano e não entendo por que o município não melhora. Esse retrocesso revela um quadro de degradação sentido pelos munícipes diariamente.”

“Faltam investimentos em segurança pública como, por exemplo, substituição das velhas por novas viaturas, monitoramento por meio de câmeras na cidade, problemas de violência nas escolas, desrespeito a professores e diretores, problemas importantes de tráfico de drogas ao redor, se não dentro das escolas, quando é preciso chamar policiamento.”

“Agora com a nova empresa de transporte público na cidade, espera-se que haja eficiência nessa prestação de serviço público e as crianças e adolescentes não tenham mais que ficar nas ruas e estradas, o que os tornam vulneráveis à marginalidade.”

CONSEG

Os CONSEGs são grupos de pessoas do mesmo bairro ou município que se reúnem para discutir e analisar, planejar e acompanhar a solução de seus problemas comunitários de segurança, desenvolver campanhas educativas e estreitar laços de entendimento e cooperação entre as várias lideranças locais.

Cada Conselho é uma entidade de apoio à Polícia Estadual nas relações comunitárias, e se vinculam, por adesão, às diretrizes emanadas da Secretaria de Segurança Pública, por intermédio do Coordenador Estadual para Assuntos dos Conselhos Comunitários de Segurança. 

Sua legitimidade tem sido reconhecida pelas várias esferas de Governo e por institutos independentes, o que permite afirmar que os CONSEGs representam, hoje, a mais ampla, sólida, duradoura e bem-sucedida iniciativa de Polícia orientada para a comunidade no Brasil.

EM IBIÚNA

As reuniões do Conseg Ibiúna são abertas ao público e se realizam sempre nas primeiras quintas-feiras de cada mês e tem, como representantes, o comandante da Polícia Militar da área e o delegado da Polícia Civil. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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