PRAZER, DOR E AMOR NAS FESTAS DE FIM DE ANO

Nestes tempos de festas e comemorações, há pessoas que têm dificuldade de expressar seus sentimentos genuínos e verdadeiros aos outros, incluindo-se familiares, amigos, colegas de trabalho.

O motivo é simples: falta-lhes a capacidade de representar por meio da linguagem o que sentem. Ou: seja por uma variedade de motivos que fazem parte da subjetividade dos indivíduos, em sua estrutura de pensamentos, não conseguem se expressar fielmente o que sentem.

Não raro, as lágrimas tomam o lugar das palavras como uma forma sensorial de dizer o que sentem ou abraços apertados que deixam mais próximos os corações.

O desejo humano de ser feliz é afetado por sentimentos, às vezes confusos, que envolvem prazer e dor. Como seres sensíveis, podemos ser magoados por uma palavra, uma desfeita ou uma atitude ofensiva que ferem nossa mente.

É difícil suspender os juízos que fazemos dos outros e viver a vida de uma maneira livre e descompromissada.

Você pode querer bem e intensamente uma pessoa, mas se distanciar dela afetivamente por mil razões que afetam seu estado de espírito e sua tranquilidade interior.

A boa notícia é que existe uma força de poder extraordinário chamada amor, capaz de superar os obstáculos que o impedem de se expressar com liberdade, sem ter que ingerir bebidas alcoólicas ou alguma droga liberadora de autocensuras.

Temos dentro de cada um de nós uma escala variável de valores, que definem o que é importante para nós a cada momento em nossas relações com os outros.

Ela diz respeito ao modo como vemos o mundo, ou seja todas as outras pessoas, e o que achamos de nós, que podem ser determinantes em suas condutas relacionais.

Há pessoas extrovertidas que nestas comemorações transbordam de alegria e contagiam todo o ambiente em que estão, pois transcendem os limites das armadilhas que dificultam ou impedem a mobilidade emocional.

Lembremos que nada há de errado entre um tipo de comportamento extrovertido e, outro, introvertido [a pessoa que vive mais dentro de si mesma]. São diferentes e singulares apenas isso.

As pessoas tendem a procurar o que lhes dá prazer e felicidade e se afastar de tudo aquilo que provoca dor. A chave pode estar na capacidade de amar e manifestar amor, independentemente do que os outros possam pensar ou julgar do seu comportamento social. (Carlos Rossini* é editor de vitrine online)

*Pós-graduando em Filosofia Clínica.

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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