GRANDE ÁRVORE CAI RENTE À IMAGEM DE SANTA QUE PERMANECE INTACTA

No último sábado (21), logo depois de concluir a gravação de um vídeo sobre a situação da represa Itupararanga no bairro da Cachoeira, em Ibiúna, com o gestor do Parque Ecológico, Adal Marcicano, e Marcelo Zambardino, que lançou passeios de standup naquele local e que vem se desdobrando em defesa daquele reservatório, Marcicano convidou:

— Venham aqui ver uma coisa!

Entramos no meio da mata até chegarmos em frente à imagem de Nossa Senhora de Fátima.

— Vejam isso – apontou o gestor.

Nossa! Uma grande árvore havia caído rente à imagem da santa. Até mesmo o simples deslocamento de ar poderia danificá-la, mas, não, nem mesmo uma outra pequenina imagem situada aos pés de Fátima foi atingida.

Demonstrando notável fé, Marcicano revelou forte emoção como se estivesse diante de um milagre. Por que não?

Ele descobriu a imagem quando assumiu a gestão do Parque Ecológico e foi fazer reconhecimento da área. Não dá para não ter uma sensação mística! Aquela santa no meio do mato realmente chamou a atenção e pôde ser vista pelos visitantes do parque nos fins de semana.

[Devido ao baixo nível de água da represa e grande volume de esgoto sem tratamento, o parque foi fechado a visitantes e somente voltará a abrir no dia 3 de outubro para um evento em protesto contra a destruição da represa.]

Vitrine online vem publicando sucessivas matérias sobre o baixíssimo volume das águas do reservatório, em consequência da falta de chuvas, uso das águas para produção de energia elétrica, retirada de água para plantações e consumo domiciliar. Esses fatores e intensa e contínua descarga de esgoto sem tratamento nas águas da represa poderão destruí-la num futuro não muito distante.

Muitas leitoras e leitores têm manifestado que estão orando pela volta das chuvas, e não custa pedir para a Santa protetora do parque que interceda e realize esse milagre. (C.R.)_

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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