FESTA DE SÃO SEBASTIÃO – LAVRADORES IBIUNENSES EXALTAM FÉ E GRATIDÃO
Foram dois anos difíceis com a pandemia, que ainda não acabou, chuva, geadas, frio, inflação que ainda continua aumentando os custos da produção, mas nós temos que continuar.
Esse é um resumo do que disseram alguns lavradores antes do início da missa e da procissão dos lavradores se iniciar na manhã do último domingo (22) como parte da 103ª Festa de São Sebastião e do Divino Espírito Santo, o maior evento religioso anual de Ibiúna, ouvidos por vitrine online.
Nesse momento cerca de 500 tratores se encontravam perfilados em fila dupla na Rodovia Tancredo Neves e centenas de pessoas se encontravam em torno do Coreto Anibal Albertim, localizado na Avenida São Sebastião.
O padre Benedito Aparecido Cesário, que conduziu a missa, logo de início e com notável animação saudou os fiéis evocando a alegria da volta da festa que deixou de ser realizada em 2020 e 2021 por causa da pandemia da covid-19.
Vitrine online fez uma breve gravação em vídeo que já foi visualizado por mais de oito mil pessoas, revelando o espírito de religiosidade do povo ibiunense.
Os fiéis acompanharam a missa e formaram um coral com a canção “Deus Trino”, com a música executada por integrantes dos Violeiros de São Sebastião, postados ao lado do coreto: “Em nome do pai/Em nome do filho/Em nome do Espírito Santo/Estamos Aqui”…
FÉ E GRATIDÃO
Diamei Aparecido de Oliveira e Dinei Santos de Oliveira, pai e filho, que se levantaram às 5 horas da manhã de domingo estavam a postos próximo ao seu trator aguardando o momento da procissão.
Eles lavram a terra no bairro do Morro Grande. Plantam repolho, alface, coentro, acelga, brócolis ninja, couve-flor. Diamei se lembrou dos anos difíceis, mas disse: “É uma benção e uma alegria estar aqui”, depois de dois anos de dificuldades por conta da pandemia da covid-19.
Roberto Tadao Suzuki, com plantação no bairro do Curral, produz salsão, nabo, acelga, erva doce, entre outros produtos. Igualmente mencionou os dois anos da pandemia e seus efeitos na agricultura.
“Foi um tempo difícil, mas a gente não pode parar. Nos apoiamos na proteção do santo [São Sebastião]. A fé remove montanhas. Se a gente não acreditar, a gente não vive”, declarou Suzuki a vitrine online.
Junto com ele estavam a filha Vanessa e os netos Bernardo e Sabrina.
Um casal de namorados, Erick Henrique da Rosa Silva e Yasmin Vitória Matos, também estavam a postos no trator. Erick produz alface, repolho, acelga, couve, rúcula e escarola no Bairro Gabriel. Yasmim tem sua roça no Regi, com a plantação de couve, milho, alface.

“Desde os 5 anos vinha com meu pai na Festa de São Sebastião”, diz Yasmin que, falando em nome do casal, disse que sua participação é uma forma de “gratidão” a São Sebastião.
MADRUGADORES
Todos eles levantaram de madrugada, colheram produtos que mais tarde, como acontece com centenas de outros tratores, foram ofertados à Igreja para serem comercializados na Praça da Matriz de Ibiúna, onde houve um festival de produtos e também a realização especial da Feira da Capelinha.

