MISOGINIA ASSASSINA
Oriunda da união entre os termos gregos “miseo” e “gyne”, cujos significados são respectivamente ódio e mulheres, a palavra misoginia é usada para definir sentimentos de aversão, repulsa ou desprezo pelas mulheres e valores femininos.
Isto posto, é preciso gritar aos quatro ventos que ao termo misoginia é preciso acrescentar um complemento: assassina. Misoginia assassina. É absurdamente assustador o que homens estão fazendo contra a mulher de todas as idades. É repulsivo, covarde e psicopatológico, o que não ameniza nem um pouco o fato de os criminosos de terem que ser punidos rigorosamente pelos crimes cometidos.
Basta abrir um portal de notícias, ouvir e ver programas de rádio e televisão e observar nas redes sociais a situação alarmante de violências, desde ofensas verbais a assassinatos, que se verificam no país.
No Rio de Janeiro um indivíduo imbecilizado estupra uma parturiente depois de anestesiá-la em trabalho de parto. Onde já se viu essa estupidez num ambiente hospitalar, num centro cirúrgico, um comportamento dissimulado, covarde, sujo. Trata-se do médico anestesista Giovani Quintela Bezerra, 32, e o fato ocorreu no Hospital de São João de Meriti. Ele foi preso no dia 10.
Que espécime é esse ser humanoide flagrado no crime por iniciativa de enfermeiras que suspeitavam de suas atitudes bestiais contra uma mulher em estado de vulnerabilidade total, porque anestesiada, e certamente, pelo noticiário, já havia abusado de outras vítimas indefesas.
Que mofe na cadeia.
Hoje em uma cidade do interior de São Paulo, uma mulher encarcerada dentro da própria casa, com dois filhos, conseguiu jogar uma mensagem escrita em uma bula de remédios amarrada em um pedaço de madeira na casa da vizinha, pedindo socorro e que chamasse a polícia porque estava correndo risco de vida.
A polícia foi chamada pelo 190, veio e prendeu o homem em uma bicicletaria de sua propriedade, no município de José Bonifácio. Na casa o marido havia instalado câmeras todas virada para o interior da residência para controlar os movimentos da mulher que não podia sair de casa. Foi dito que o ciúme foi o motivo, mas nada pode justificar esse tratamento sórdido. Segundo se soube, o homem foi descrito como “possessivo e controlador”.
Quer mais? Um voo da Delta Airlines, de São Paulo com destino a Nova York, nos Estados Unidos, teve que fazer um pouso em Porto Rico na madrugada desta quarta-feira porque um passageiro atacou uma comissária de bordo, pouco depois que a aeronave decolou do Aeroporto de Guarulhos.
A policia foi chamada ao aeroporto local e “removeu” o passageiro do voo que depois de duas horas em solo decolou para seu destino final.
O relato de casos poderia ser extenso, porque a todo instante um homem agride uma mulher por ciúme, inveja, possessividade, além de outros motivos, todos usando truculência destrutiva de um machismo covarde e insano. (C.R.)
