O MUNDO ESTARÁ DE OLHO NO BRASIL NESTE DOMINGO
Neste domingo (2), o mundo estará de olho no Brasil por conta da eleição presidencial.
Países europeus, os Estados Unidos da América e a própria Organização das Nações Unidas se mostram preocupados com manifestações que se propagaram em torno da possibilidade da ocorrência de um golpe, caso o atual presidente não seja reeleito.
Se o longo e último debate antes do pleito promovido pela TV Globo na noite de ontem, acompanhado por milhões de brasileiros, aparentemente possa ter efeito impactante menor do que se imaginava entre os eleitores, ainda assim as pesquisas científicas apontam vantagem do candidato oposicionista.
As suspeitas levantadas sobre a fidedignidade das urnas eletrônicas que elegeram o atual presidente em 2018, e funcionam no país há vinte e cinco anos, e que foram objeto de extremos zelos tecnológicos por parte do Superior Tribunal Eleitoral, poderão ser mesmo invocadas caso seu principal oponente seja eleito em primeiro turno?
E se isso acontecer a democracia brasileira será implodida por graves atos antidemocráticos? O poder estabelecido tem mesmo força e apoio suficientes para causar esse dano à nação brasileira? Como agirão os Poderes Judiciário e Legislativo e as Forças Armadas diante desse quadro, ou a própria sociedade brasileira, em última instância?
Esses temores que existem na mente de muitos brasileiros também são alvos dos cuidados dos países civilizados e democráticos, que serão representados diretamente no acompanhamento do processo eleitoral. Representantes de vinte e seis países já se encontram em Brasília. A ninguém que tenha o mínimo de sanidade mental e respeito pela vida de 215 milhões de brasileiros pode ocorrer o perverso plano de destruir o futuro do País, já sob imensos desafios econômicos, sociais, alimentares e sanitários.
O Brasil é muito maior do que os poderes limitados de grupos que possam pretender agir de forma contrária à vontade manifesta da maioria nas urnas e, além disso, mostra a história, todo poder contém em si mesmo seu antagonista, quando contraria as necessidades fundamentais do povo.
Se de um lado há temores acerca de atitudes unilaterais e intempestivas, de outro, há a certeza de que nenhum poder pode ser absoluto impunimente. A democracia tem, entre seus valores, a resiliência no trato das coisas públicas e o respeito à dignidade humana.
