EDITORIAL – REFORMA DA RODOVIÁRIA É O ASSUNTO MAIS POLÊMICO EM IBIÚNA

Iniciada no dia 20 de novembro de 2021 com prazo contratual de término para o dia 14 de julho de 2022, a reforma do terminal rodoviário de Ibiúna se tornou o assunto mais polêmico no município de Ibiúna.

Essa situação está a provocar desgaste na imagem pública da atual administração, que tem se esforçado em exibir múltiplos e acelerados “avanços” como tocadora de diversas obras simultâneas.

Primeiro, pela indiscutível importância da conclusão dessa obra para a população e visitantes da cidade, uma estância turística; segundo, pela consequência do grande desconforto causado aos usuários desse serviço, que passaram a tomar os ônibus numa rua central, expostos às intempéries [sol quente, chuva, frio].  Um lugar que se mostrou inadequado com reprovação popular.

No dia 20 de novembro se completará um ano nessa situação. Depois do prazo conclusivo ultrapassado, a Prefeitura anunciou um novo prazo “até dezembro” deste ano e, em seguida, devido a problemas relacionados a recursos financeiros, agora há novo prazo: primeiro semestre de 2023.

Como vitrine online publicou, o financiamento de R$ 4.511.299,03 [R$ 3.785.440,61 de repasse e R$ 725.585,42 de contrapartida] resultou do contrato assinado entre o Município de Ibiúna e o Ministério do Turismo em outubro de 2018.

A Caixa liberou algo em torno de R$ 750 mil até o dia 31 de dezembro de 2021 e, em seguida, cancelou R$ 3 milhões do montante total previsto, possivelmente por falta de dados para as medições do andamento das obras, requisito fundamental para a liberação das parcelas.

A Prefeitura, diante desse impasse, informou que, a partir de então, a reforma seria tocada com recursos próprios da municipalidade, chegando a divulgar que não haveria problemas, já que contava com excesso de arrecadação de tributos. Informou que, desse modo, a obra seria acelerada, pois não dependeria mais das medições exigidas.

No entanto, isso não está acontecendo e a reforma se encontra estagnada, sem que se saiba qual é a realidade dos fatos. Seria oportuno que a autoridade municipal, de modo transparente, informasse a população sobre as providências efetivas que estão sendo tomadas.

Vitrine online constatou, no dia 13 de setembro, que havia somente dois funcionários da construtora no local da obra, oito haviam sido transferidos para outro canteiro da empresa. A empresa não estava recebendo pagamento havia três meses. O motivo é uma proteção jurídica da empreiteira, a fim de não caracterizar abandono do serviço, situação que a pode deixar sujeita a punições legais por quebra contratual.

Na quinta-feira (13.10) havia somente três funcionários ali, em meio a um cenário de notória inatividade.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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