AOS MESTRES, COM AMOR E CARINHO!

Os e as professoras cumprem uma função primordial de nos tirar da ignorância e nos levar para a luz do conhecimento. Eles e elas são merecedores(as) de irrestrito reconhecimento pelo valor e importância do papel que cumprem na decisiva formação dos cidadãos.

Devo aos professores/as muito do que sou e guardo deles e delas a melhor recordação possível. Tive a felicidade de tê-los muito bons, num tempo em que ética, valores e moral faziam parte da vida cotidiana dos brasileiros, sob o primado do respeito.

Educar para a vida implica formar pessoas com senso crítico e isso é um péssimo negócio para os governantes que preservam a estrutura do poder que divide a sociedade entre ricos e pobres, entre privilegiados e desvalidos.

Mas no caos moral que vem assolando a sociedade brasileira a Educação é pontificada como o melhor instrumento de mudança cultural da nação. E, como se sabe, não existe educação sem os educadores.

As salas de aula, mas não se pode generalizar, se transformaram num local de desrespeito físico e psicológico entre colegas, assim como contra os professores.

A questão da sexualidade também passou a fazer parte da meleca cultural que assola nossa realidade cotidiana. Por isso mesmo, assistimos a cenas chocantes, se não pessoalmente, nos programas televisivos ou nas postagens feitas nas redes sociais que refletem os conteúdos impingidos nas mentes das pessoas.

É vergonhoso o que vemos: a decadência moral fora de controle, por incompetência ou viés ideológico, das instituições com péssima e justificada reputação e os professores pagando um injusto e elevado tributo, porque eles constituem, como sempre, a esperança para as crianças e jovens, os sujeitos da aprendizagem.

Realizam no dia a dia, nas salas de aula, o milagre da resistência contra a insidiosa ignorância que nos força a conviver com a barbárie.

Lecionei por vinte e cinco anos na universidade e tenho a consciência tranquila que proporcionei a milhares de estudantes o meu melhor para ajudá-los a despertar, a pensar por conta própria e a serem livres em suas escolhas para agirem com a sabedoria necessária para viverem em comunidade de forma saudável e pacífica.

Quero, com essas linhas, homenagear e manifestar meu amor e gratidão a todos que aprendem continuamente enquanto ensinam.Se hoje consigo escrever estas linhas, pensar com autonomia, discernir entre o certo e o errado, cultivar valores imprescindíveis para ser um cidadão de bem, e mesmo refletir sobre os fatos – devo a todos os mestres que cruzaram meu caminho e despertaram em mim o prazer de aprender. (C.R

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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