RESPEITAR AS CRIANÇAS É O MELHOR DOS PRESENTES

Pergunto a uma dona de casa ibiunense, mãe de dois filhos: “Qual o maior presente que uma criança deveria ganhar neste 12 de outubro?” Resposta rápida de d. Fátima: “Respeito.” Mais do que presentes caros, para os filhos de pais ricos, ou mais simples, de pais pobres, “o mais importante é respeitar as crianças e considerar que elas, por definição, precisam de amor, carinho e proteção. Só assim elas poderão viver com alegria e crescer como adultos mental e fisicamente saudáveis.”

D. Fátima não é pedagoga, não leciona em escola, mas observa, ouve comentários, vê cenas aterrorizantes envolvendo crianças, vítimas das mais cruéis violências praticadas por pais, parentes, padrastos ou madrastas – estas lendárias figuras dos contos de fadas – pedófilos, esses espécimes sórdidos, que aparecem com frequência cada vez maior nos programas policiais da TV, que nos tornam integrantes uma espécie em decadência.

“Respeito – afirma d. Fátima – é saber ouvir a criança e orientá-la sempre que necessário, alimentá-la para que viva com saúde (‘porque nesse Dia da Criança muitas delas nem terão o que comer’), cuidar para que tenha bom estudo mas, sobretudo, tratá-la com amor. Não conheço nenhuma criança que tenha recebido amor de verdade de seus pais ser levada pela maldade desse mundo.”

É triste viver num mundo em que pessoinhas maravilhosas, mais fracas fisicamente do que os adultos, são transformadas em alvo de atos insanos de uma sociedade perturbada.

“Quem maltrata crianças não pode esperar muito do futuro, porque o futuro são as crianças. Se cada pessoa enxergar as crianças como seres divinos, vindos ao mundo para renová-lo, trazendo sua alegria natural e espontânea e cheia de vida, e despertar para essa verdade, poderá se tornar mais humana. Só com essa atitude já estará contribuindo para que o planeta seja melhor. (C.K.)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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