IBIÚNA – PONTE RECÉM-ABERTA AO TRÁFEGO JÁ FOI DANIFICADA

A Ponte Nova sobre o Rio Sorocaba, na estrada que liga Ibiúna a Mairinque, ficou famosa recentemente por ter sido interditada judicialmente e, por essa razão, ter provocado grande transtorno viário em toda a região.

A medida foi adotada por supostamente a ponte poder a vir desabar, pondo em risco a vida das pessoas.

Foi reaberta ao tráfego, também por determinação judicial, com base em dois laudos técnicos, restringindo o trânsito para veículos pesados, com até 24t, incluindo ônibus e caminhões.

Pois bem! Provavelmente na última sexta-feira (31) ou no sábado (1º) algum veículo presumivelmente de grande porte colidiu com a ponte danificando uma pilastra de entrada na ponte e canos do guarda corpo recolocados, que haviam sido pintados de amarelo pela Prefeitura.

Esse fato chama a atenção para os relatos feitos no laudo apresentado pelo CREA-SP que recomendava restrição à passagem de veículos de grande porte e pesados.

Aliás, esse fato vem se repetindo ao longo do tempo e tanto os engenheiros que planejaram a ponte para atender às necessidades dos veículos que passavam ali há mais de oitenta anos e os operários que a construíram de fato estão de parabéns.

A obra se mostrou heroicamente resistente à realidade dos novos tempos, mas, nem é preciso ouvir um especialista, está obsoleta. Sua estrutura que permite a passagem de um veículo por vez não foi feita para suportar caminhões, carretas, máquinas colheitadeiras, tratores de grande porte.

Como se trata de uma estrada municipal, caberá à administração pública de Ibiúna conseguir recursos para a construção de uma nova ponte, certamente com via de duas mãos.

Até que isso aconteça é preciso implantar um sistema (dispositivos de restrição) que impeça a travessia de veículos que possam causar outros danos e afetar sua estrutura.

Cono se vê, há uma clara incompatibilidade entre as proporções da ponte e os veículos pesados que passam por ela
Essa colhetadeira de soja é veículo para circular fora da estrada, no entanto…

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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