CASO KAREN – CRIME HEDIONDO CONTINUA IMPUNE DEPOIS DE UM ANO

Karen de Oliveira completaria 14 anos agora, no dia 9 de julho. Mas foi vítima de um crime hediondo no dia 11 de julho de 2024, data em que desapareceu do bairro dos Gabriel, no município de Ibiúna, quando saiu de casa para ir à casa da vó localizada no mesmo bairro.

Seu corpo violentado foi encontrado no dia 13 na beira da Estrada Teruo Konishi, que liga o bairro do Piaí ao Sete Lagos.

A notícia de sua morte de forma bárbara comoveu não apenas a população ibiunense, mas do país, e até hoje sua autoria é desconhecida. Em suma, um crime impune.

Na sexta-feira (18) multidão constituída por crianças, adolescentes e adultos, vestindo com camisetas brancas com o rosto de Karen estampado, fez um manifesto em frente à Delegacia de Polícia de Ibiúna clamando por justiça por Karen.

Embora saiba que não terá a filha de volta, seu pai, Eliezer Dias de Oliveira, afirmou, em entrevista à TVUNA, ter a esperança de que o autor do crime seja identificado e preso.

“Solto ele continuará sendo uma ameaça para outras crianças e adolescentes.”

Oliveira, que estava com a perna engessada e sentado numa mureta ao lado da mulher, descreveu a filha como uma menina tranquila e cheia de sonhos”, que foram interrompidos de  uma forma tão cruel.

Ao lado do marido, Jéssica Godinho Pinto, expressava dor de uma mãe com a perda da filha. Lamentou que não houvesse câmeras de segurança nas proximidades que poderiam contribuir para desvendar o crime.

Jéssica e Eliezer, pais da Karen

Como o marido, ela espera que as autoridades policiais e judiciárias se empenhem e façam com que a justiça seja feita e se mostraram preocupados com um criminoso solto e podendo vitimar outras pessoas.

Em frente à delegacia, o tio de Karen, rodeado pelos manifestantes, disse, a certa altura, que o assassino olhou para todas as direções, “menos para o alto, referindo-se a Deus. Em seguida declarou que o ato do criminoso “foi covarde”.

Eliezer de Oliveira é eletricista e funcionário da Cetril, empresa que está dando todo apoio para a família. Vários veículos da empresa com a foto de Karen eram visto na área da manifestação.

Nélio Leite, presidente da Cetril, em entrevista à TVUNA, reiterou a necessidade de que se faça justiça e, assim, possa haver um pouco de paz para a população.

“Mas que as autoridades ajam de modo que a justiça não demore a ser feita.”

Antes que houvesse a aglomeração na frente da delegacia, os manifestantes caminharam pelas ruas do centro da cidade com um coro pedindo: “Justiça para a Karen!”

Manifestação em frente à Delegacia de Ibiúna: “Queremos justiça!”
População espera que as autoridades policiais e judiciárias façam justiça
O crime comoveu a cidade e o país

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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