AGORA CONTRA A REALIZAÇÃO DA COPA, MANIFESTAÇÕES DE RUA ESTÃO DE VOLTA
A manifestação popular na Avenida Paulista hoje (25), aniversário de 460 anos de São Paulo, reunindo centenas de pessoas, contra a realização da Copa no Brasil, com a mensagem “Sem direito, sem Copa”, pode sinalizar o início de movimento similar ao ocorrido em junho nas principais capitais do País e também em cidades do Interior.
É grande a insatisfação do povo com toda sorte de dificuldades, como a mobilidade pública, sistema de saúde perverso, falta de emprego, insegurança, violência e, agora, em São Paulo também as enchentes diárias com grandes danos e perdas sofridos pela população, sobretudo da periferia.
Vale assinalar que os roubos e latrocínios e arrastões, incluindo saques, estão compondo um cenário de terror para o paulistano jamais visto antes e desafiando ao extremo as autoridades públicas, enquanto a presidente da República afirma no Exterior que “é fácil construir estádios”.
Os manifestantes gritam palavras de ordem: “Queremos padrão Copa” na estrutura dos serviços públicos, o que traduz o monumental volume de recursos destinados a construção de arenas e aeroportos em função desse acontecimento esportivo.
Se o mote inicial de junho era o preço das passagens de ônibus, agora o alvo primeiro é a Copa de Mundo de Futebol que simboliza um contraste absoluto entre a miséria que assola o País e o circo mobiliza bilhões de reais, enquanto prosseguem os problemas apontados em junho.
É oportuno lembrar que na noite da última quinta-feira (23) houve manifestação com o mesmo propósito nas ruas centrais de Porto Alegre, liderada pelo Bloco de Luta. Houve quebra-quebra e ficou a promessa dos organizadores que, doravante, haverá uma manifestação por semana.
Em junho, mais de mil e quinhentos jovens ibiunenses também realizaram manifestação nas ruas centrais da cidade de modo pacífico. A dispersão foi feita em frente ao Terminal Rodoviário da cidade que, pela sua condição precária, foi alvo de gritos “lixo, lixo,lixo”.