VIVO É REPUDIADA POR PRESTAR PÉSSIMOS SERVIÇOS AOS CIDADÃOS IBIUNENSES

A gigante espanhola das telecomunicações no Brasil foi alvo de repúdio e de críticas severas por parte dos vereadores, em audiência realizada com a consultora da empresa no dia 19 de fevereiro. Um vereador manifestou repúdio à Vivo pela forma desrespeitosa como “vem tratando nossa população”, outro enfatizou que a empresa que atua em telefonia fixa e móvel sempre foi campeã de reclamações no município e que ultimamente vem “piorando ainda mais”. O risível funcionamento dos telefones celulares [a pessoa tem que ficar andando de um lugar para o outro para achar o sinal] também foi alvo de denúncias igualmente preocupantes. O diretor do Procon confirmou a liderança de queixas contra a Vivo e contabilizou 544 reclamações de janeiro de 2013 até fevereiro. A consultora da Vivo, Débora Moreira Matos, pediu desculpas pelos transtornos e prometeu que novos equipamentos serão instalados em abril. Como a ladainha tem se repetido, os vereadores preferiram desconfiar das promessas feitas. “A questão não é ampliar o número de antenas, mas sim melhorar a qualidade do sinal”, comentou o diretor do Procon.

 Limiar da irresponsabilidade

O problema da Vivo, que já é chamada proverbialmente pela população de “Morta”, é maior do que se presume. Seu sistema de atendimento aos clientes parece estar chafurdando em incompetências e no limiar da irresponsabilidade. Seus atendentes [exceto profissionais mais humanos e corretos] em geral têm sido displicentes. Exemplo: se a ligação cai não retornam a ligação, pedidos de reparo não são repassados para a área técnica, o que exige repetir a queixa e recordar o número do protocolo. Muitas vezes é notório que a/o atendente desligou o telefone, além da demora comum para se estabelecer uma conexão. Infelizmente, até mesmo a última esperança dos assinantes [a Ouvidoria da Vivo] também demonstra uma queda na qualidade no atendimento, muito diferente de meses atrás quando ainda funcionava a contento.

Mais um exemplo real: dona de casa liga para a Vivo e explica que seu marido precisa contar com melhorar recepção do sinal para trabalhar em casa em seu notebook.”Nós moramos numa chácara em Ibiúna, tanto o sinal do modem quando dos demais celulares [todos da Vivo] são um teste da paciência chinesa, já que funcionam muito precariamente.” A representante da Vivo diz que tem o VivoVox exatamente para fazendas, sítios e lugares afastados. Pronto. A mulher acha que descobriu o caminho para ajudar o marido. Quando o aparelho chega, vem junto a decepção. Trata-se de um modem com quatro roteadores (para quê?). No mesmo dia o marido liga para a Vivo e começa uma odisseia burocrática. Pede para cancelar o pedido. Em um dos muitos telefonemas alguém diz que foi feito o cancelamento da compra e da linha telefônica, só que em seguida vem uma conta do telefone móvel, que nunca foi usado. Desde então, após mais de uma dezena de cansativos telefonemas, até mesmo para a Ouvidoria da Vivo], nada é resolvido. E o aparelho ninguém da Vivo o quer de volta. “O senhor não terá que pagar, mas não temos como retirar. Fique com ele.” Um absurdo!, que tem acontecido com outras pessoas, como informaram as recepcionistas do Procon de Ibiúna, que além das tarefas técnicas têm de acalmar os munícipes que demonstram revolta pelo descaso e inoperância da Vivo.

Como pode a maior empresa de telefonia fixa e móvel do Brasil demonstrar tamanha ineficácia técnica e relacional? Como pode alegar, como disse a sua consultora, que os problemas verificados em Ibiúna se devem ao excesso de usuários. Não se pode levar a sério o que foi dito, talvez por isso mesmo os vereadores ibiunenses continuaram incrédulos.

Carlos Rossini é
editor de vitrine online

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.