OUTRO CARRO SE ESPATIFA EM POSTE NA ESTRADA DA CACHOEIRA

   Na noite deste sábado (6), por volta das 21 horas, um gol modelo 1995,      colidiu violentamente contra um poste na Estrada Municipal da Cachoeira,  quase numa reedição do que ocorreu na tarde de sábado, quando uma  Brasília azul da mesma forma chocou-se contra um poste [leia matéria  abaixo] existente cerca de cem metros antes, logo após a entrada do  Condomínio Ferradura. Por sorte, o motorista, que estava sozinho no  veículo, um homem alto, morador no bairro da Cachoeira, não se feriu, mas  o carro ficou com a frente totalmente destruída. Quando o repórter  perguntou a ele por que havia batido no poste, se algum veículo o tinha  fechado, ele soltou uma gargalhada: “Ah!, ah!, ah! Por que eu bati no poste, porque bati. Ah!ah!Ah!.” Estava visivelmente alcoolizado.

Quando ainda  estava sendo entrevistado se aproximou outro homem, parente ou amigo do motorista acidentado, e agressivamente perguntou por que o repórter [ele não sabia de quem se tratava ainda] estava fazendo tantas perguntas. “Por que sou jornalista”, respondeu o profissional de vitrine online. O mesmo homem, ainda agressivo, disse: “Bater em poste é a coisa mais normal do mundo.”

A segunda batida em poste na mesma estrada, com uma diferença de um pouco mais de vinte e quatro horas deve fazer pensar as autoridades do trânsito de Ibiúna, mesmo porque se algum pedestre estivesse passando naquele lugar [e as pessoas caminham à noite na estrada habitualmente] teria fatalmente sido atingido, possibilidade que está muito além de uma simples gargalhada no meio da noite.

Na reportagem do acidente anterior, ocorrido na tarde da sexta-feira, envolvendo uma Brasília azul, já lembrávamos da necessidade de haver uma intensa campanha para impedir que carros velhos e sem condições de circulação, assim como motoristas sem a devida habilitação ou que demonstrem estar fora de sobriedade sejam impedidos de representar ameaça, em primeiro lugar, para si mesmos e depois em relação a terceiros inocentes que possam estar em seu caminho.

Tanto bater em postes não é a coisa mais normal do mundo, como quis dizer o cidadão durante a atuação profissional do jornalista, quanto é preciso, mais uma vez, as autoridades municipais fazer uma intensa campanha em prol tanto da direção defensiva quanto do respeito pela vida do próximo.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.