FRASES DA SEMANA – “MEU DEUS, O QUE ACONTECE EM IBIÚNA?”

  As frases desta semana são dedicadas integralmente à maior preocupação dos    ibiunenses neste momento: os casos de meningite, um que provocou a morte de    uma aluna de 10 anos, do Colégio Objetivo e outro, que acometeu uma aluna de 9 anos, da Escola Municipal  do Bairro Sara Sará, no Verava, que se encontra internada há mais de dez dias no  Hospital Regional de  Sorocaba [até o momento de finalizar esta coluna, não se sabia  que tipo de bactéria a  contaminou].

A morte de Érica Alves de Souza Fernandes de 34 anos, no Hospital Municipal de Ibiúna, na noite da quarta-feira (3) – com suspeita de meningite [leia matéria abaixo] descartada na sexta-feira (6) por um atestado de óbito expedido pelo Serviço de Verificação de Óbito da PUC Sorocaba – aumentou ainda mais a apreensão e o desespero da população.

As frases a seguir, dentre várias dezenas de outras, refletem o estado emocional das pessoas em relação à doença e às autoridades do Executivo. Embora não conste expressão específica aqui, familiares de Érica se queixaram da falta de apoio por parte dos vereadores “quando ela estava viva”; após sua morte, apenas um vereador procurou ajudar a família.

“Meu Deus o que acontece em Ibiúna?” – Mônica Neves

“A populaçao precisa se manifestar…aonde vai parar isso meu Deus!” – Tânia Mara Marrero Fanti

“Estou com uma certa apreensão, saiu rápido demais o resultado apesar de ser leigo no assunto é que comparado com a aluninha do Sara-Sará que a mais de 10 dias estamos aguardando o resultado do exame e ela continua internada alguma coisa não está batendo.” – Vicente Ruiz [referindo-se ao resultado da necrópsia de Érica Alves de Souza Fenandes feito na PUC de Sorocaba – a coleta de materiais foi feita de manhã e o resultado saiu à tarde do dia 5]

“Dá para acreditar?” – Bruno Machado, [referindo-se à mesma situação]

“Concordo Vicente! E a matéria ainda fala que AINDA NÃO HÁ MOTIVOS PARA DAREM A VACINA…Espera aí! Vamos esperar chegar a doença manifestar em nossos filhos? Fala Sério, a vacina custa R$ 300,00 de fato e pode ser paga em 3 vezes…É melhor assim do que não ter meus anjos em meus braços!” – Gabriela Macena

“Tá feia a coisa em Ibiúna!” – Sueli Iamanaka Martins

“Cadê o prefeito da nossa cidade?” – Gil Fernandes

“Meu Deus e a vacina gente cadê? Ninguém toma uma atitude ou vão esperar mais uma morte?” – Jurema Silveira Car

“É só a população entrar em contato por e-mail para todas as TVs que pode dar certo alguém tem que ver,,,,e vai ver r7.da Record…mandem e-mail.” – Solange Firmino

“E aí prefeito, vai esperar até quando para tomar uma providência ?” – Juliana Vieira

“Nossa!, quantos mais vão ter que morrer para que tomem alguma providência?” – Jociane Flávio

“O povo nem conhece seus direitos…vai cobrar o quê de quem?
Vergonha Total!” – Fernanda Avander Adonai

“Vamos prestar mais atenção nos nossos filhos se der febre a cidade tem que ficar em alerta!” – Bernadete Biscaro

”Deveriam vacinar todas crianças e adolescentes que ainda não receberam a vacina contra meningite.” – Olinda Vieira

“Deveriam [as autoridades municipais] promover palestras na rede pública, alertando pais e alunos a respeito do ocorrido, já que muitos estão superpreocupados e não têm informações a respeito de tudo.” – Thais Leandro

“É mais facil ver uma vaca voando do que o prefeito reagindo. Cobram tantos impostos da população mas, quando o povo precisa, não temos nem um atendimento adequado.” – Débora Vieira

“Estão esperando acontecer mais quantos casos para tomar providências? Nossa cidade está um ‘caos’, em tudo. Ninguém merece.” – Suéli Wenceisjau Wenceislau

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.